Delegacia de Capela funciona sem escrivão há mais de seis meses

FOTO: REPRODUÇÃO/TV GAZETA/ARQUIVO

O 103º Distrito Policial de Capela funciona sem escrivão há mais de seis meses. A denúncia foi formalizada ao Ministério Público Estadual (MPE), pelo delegado Guilherme Sillero, que responde pelo respectivo DP.

O promotor de Justiça Paulo Roberto Alves expediu uma recomendação ao delegado-geral da Polícia Civil (PC), Paulo Cerqueira, para designação de um servidor para suprir a carência, no prazo máximo de 30 dias.

A situação da delegacia já vem sendo acompanhada pela Promotoria de Capela, desde o começo do ano. O delegado que respondia pelo local, Guilherme Iusten, tinha enviado um ofício denunciando que o prédio não tinha computadores disponíveis e enfrentava constantes quedas de energia, devido à falta de manutenção das instalações elétricas do prédio.

A autoridade policial relatou todos os problemas ao MPE. Segundo ele, as panes elétricas frequentes contribuíam para a danificação dos aparelhos eletrônicos, inviabilizando o expediente da equipe que trabalha no local.

Ao tomar conhecimento da falta de estrutura, o promotor Paulo Roberto enviou um ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública, Paulo Domingos Lima Júnior, e ao delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, em que pedia esclarecimentos acerca das denúncias, assim como providências para solução dos problemas relatados.

De acordo com o promotor, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) limitou-se a responder que existe, na Delegacia Geral, procedimento de conteúdo idêntico ao solicitado pelo MPE e revelou que vai comunicar as medidas tomadas, apenas, no processo.

Diante disso, Paulo Roberto Melo foi, pessoalmente, à Delegacia de Capela, no dia 22 de janeiro deste ano. Ele constatou que a situação estava ainda mais grave do que a relatada pelo antigo delegado responsável. Além da estrutura comprometida, a atual autoridade policial que, agora, responde pelo DP, delegado Guilherme Bezerra de Melo Sillero, informou que, até aquele momento, não haviam sido designados escrivão e chefe de operações para compor a equipe.

Na semana passada, o delegado Sillero confirmou que parte dos problemas estruturais melhorou. A rede elétrica passou por reparos e a internet foi provida, mas a ausência de escrivão de polícia ainda prejudicava a prestação de serviço, causando transtornos para a população e morosidade na execução da atividade policial.

Agora, o promotor espera a resposta da Delegacia Geral sobre a providência tomada. Se a medida não for aceita, o MPE adianta que pode instaurar inquérito civil, para apurar responsabilidades, bem como propor ação civil pública ou, se for o caso, ingressar com ações de improbidade administrativa.

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