A filha de Ricardo, Laura Nunes, e o irmão dele, Rodrigo Nunes, foram presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A força-tarefa, composta pelo Ministério Público, Receita Estadual e Polícia Civil de Minas batizou a operação de “Direto com o dono”. Apurações preliminares apontaram que cerca de R$ 400 milhões em impostos deixaram de ser pagos em cinco anos.
Além dos mandados de prisão, a força-tarefa cumpre 14 mandados de busca e apreensão na capital mineira, Contagem (MG) e Nova Lima (MG), além de endereços em Santo André (SP).
O Ministério Público de Minas Gerais apontou que a rede cobrava dos consumidores o valor referente aos impostos embutido nos produtos, mas não repassava as taxas à Fazenda de MG.
De acordo com o MPMG, a empresa está em recuperação extrajudicial, no entanto, o principal dono tem imóveis, participações em shoppings de Belo Horizonte e fazendas.
Os bens estão registrados em nome das filhas, da mãe e até de um irmão do investigado. “O crescimento vertiginoso do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, o que caracteriza, segundo a força-tarefa, crime de lavagem de dinheiro”, diz o MPMG.