Novo coronavírus avança mais de 20% em aldeias alagoanas e atinge 82 indígenas
O número de casos de Covid-19 no Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Alagoas e Sergipe subiu para 82 neste sábado (4), segundo boletim epidemiológico divulgado hoje, pelo Ministério da Saúde. O volume corresponde a um aumento de 20,5% em relação o número de casos registrados nesta sexta-feira (3).
Atualmente, segundo o governo federal, há 28 casos suspeitos da doença no Dsei. Outros 65 casos foram descartados e 39 pacientes registraram cura clínica. Dois índios da etnia Kariri Xocó, de Porto Real do Colégio – a 170 km de Maceió – morreram em decorrência da doença.
O distrito indígena de Alagoas e Sergipe abrange uma população de 12,47 mil índios distribuídos em 31 aldeias espalhadas por 10 municípios – nove deles em Alagoas, onde a população é formada por 10.771 índios de 11 etnias, a maioria situada no Alto Sertão e Baixo São Francisco.
Para tentar conter o avanço da Covid-19, o Dsei Alagoas e Sergipe iniciou este mês uma série de barreiras sanitárias nas entrada das tribos, em especial na Kariri Xocó, onde há o maior número de registros de casos de Covid-19, com 27 ocorrências confirmadas e outras quatro suspeitas.
Em todo o País, 170 índios já morreram em decorrência da doença. O maior número de mortes ocorreu na aldeia do Alto Rio Solimões, localizada no estado do Amazonas, com 25 registros. Em seguida aparecem os índios Xavantes, com 21 mortes, indígenas do estado do Maranhão, com 13 mortes, e Leste de Roraima (13).
*Com Gazeta Web