Operação na Argentina elimina somente 15% da nuvem de gafanhotos

FOTO: CRA-CORRIENTES/DIVULGAÇÃO

Uma operação coordenada pelo setor de aviação agrícola da Argentina contra a nuvem de gafanhotos resultou na eliminação de somente 15% dos insetos, conforme informações do Sindag, entidade que reúne as empresas brasileiras de avião agrícola. Ainda de acordo com o Sindicato, a operação teria ocorrido na região de Curuzu Cuatia, província de Corrientes, antes do anoitecer de sexta-feira, quando os insetos foram encontrados após pousar em uma área de campo para se alimentar e passar a noite.

Os técnicos têm aproveitado esses momentos para fazer as operações de combate. Quando pousam e se agrupam, os gafanhotos ocupam uma área de 10 hectares. Quando levantam voo e formam a nuvem, os gafanhotos abrangem área equivalente a 3 mil hectares, com 10 quilômetros de comprimento e 3 quilômetros de largura, o que dificulta a ação dos aviões.

O Brasil formou um grupo de monitoramento da situação e aviões agrícola estão de prontidão no extremo sul do país preparados para um ataque contra os gafanhotos. “Só em Uruguaiana, dez aviões estão prontos para operação imediata, o que é considerado mais do que suficiente”, diz o Sindag.

O sindicato fez uma reunião na manhã deste sábado com empresas de avião do Rio Grande do Sul para levantar a quantidade de aeronaves disponíveis para uma eventual ação. “Queríamos ter um inventário das aeronaves à disposição na área de fronteira, já que a região está no período de entressafra de parte das lavouras, embora esteja operando bastante em semeadura e adubação de pastagens. Período em que os empresários aproveitam para fazer a manutenção obrigatória anual dos aviões”, diz Thiago Magalhães, presidente da entidade.

De acordo com ele, as autoridades argentinas tiveram dificuldade para localizar os insetos na sexta-feira. “O essencial nesse caso, é um monitoramento eficiente. Ou seja, localizar o ponto de pouso dos insetos a tempo de preparar uma opção efetiva – com o avião chegando à tarde a tempo de terminar a operação antes de escurecer ou decolar na primeira luz do dia para estar sobre os insetos ainda no início da manhã, entes deles levantarem voo”, afirma.

 

Globo Rural

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