Coronavírus: vacina chinesa tem eficácia de 90% em voluntários
A CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, foi capaz de induzir a produção de anticorpos contra o novo coronavírus em mais de 90% dos voluntários que receberam a dose da imunização nas fases 1 e 2 de testes, na China, segundo comunicado da empresa.
A notícia é animadora especialmente para o Brasil. Na última quinta-feira (11/06), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), firmou parceria com o laboratório para trazer os testes da fase 3 e a produção da vacina para o Instituto Butantan.
Cerca de 700 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 59 anos, participaram das primeiras etapas da pesquisa, na China. Entre os que receberam a dose da vacina (parte do grupo foi administrada com placebo), a maioria não apresentou efeitos colaterais graves, o que fez a empresa considerar o método de imunização seguro. Em 14 dias, a vacina havia induzido a produção de anticorpos neutralizantes nos voluntários, ou seja, mostrou-se capaz de induzir resposta imunológica.
Agora, na fase 3, será avaliada a eficácia dela frente a Covid-19 em um número maior de pessoas, por isso os testes em São Paulo, uma das cidades mais afetadas pelo novo coronavírus no momento.
A vacina usa uma versão morta do Sars-CoV-2 e está entre as 10 que estão em fases mais avançadas, no mundo, em relação ao estágio de pesquisas. Os resultados, entretanto, ainda não foram publicados em nenhuma revista científica especializada.
Os testes da CoronaVac começam em julho no Brasil. O governador de São Paulo e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, estimam que ela estará pronta e disponível para a população ainda no primeiro semestre de 2021.