Chuva forte eleva volume de barragem em Palmeira dos Índios
Após as fortes chuvas, moradores de Palmeira dos Índios entraram em alerta e um boato tomou as ruas sobre o risco do rompimento da barragem da Cafurna.
Em 2019, a barragem foi vistoriada por órgãos estaduais e federais composta por técnicos e engenheiros do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Instituto Federal de Alagoas (Ifal), da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério Público Federal (MPF-AL) e outros órgãos.
À época, o coordenador da equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas, o engenheiro Maurício Malta, afirmou que a barragem não oferecia perigo para a população palmeirense.
A barragem está localizada em terras indígenas, na aldeia Xucuru-Kariri, sendo responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai). A reportagem do Estadão Alagoas tentou contato com representantes, mas não foi atendida até o fechamento da matéria.
Segundo informações, uma nova inspeção será realizada nos próximos dias. A Prefeitura de Palmeira dos Índios informou que uma equipe técnica vai fazer vistoria no local e em seguida emitirá nota técnica sobre o caso.
A barragem, com 18 metros de profundidade, está localizada na mata da Cafurna, dentro da aldeia da tribo Xucuru-Kariri. A água do açude represada abastece comunidades locais e serve para irrigação de plantações.
A construção foi inaugurada na década de 40 e, desde então, não sofreu manutenção significativa. Como a obra construída fica localizada em área indígena, a responsabilidade pela manutenção é da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A barragem represa água de três açudes próximos à parte urbana do município.