“Há um certo consenso médico de que o adiamento das eleições por algumas semanas é bom, mas todos concordam que é possível fazer neste ano, porque nos primeiros meses de 2021 o quadro epidemiológico vai estar muito semelhante”, disse ele.
Barroso se reuniu, nesta segunda-feira, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para debater o tema. A mudança na data das eleições precisa necessariamente ser instituída em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que precisa tramitar no Congresso.
Maia, que já vinha defendendo o adiamento do processo eleitoral, voltou a garantir, em entrevista à CNN, que ela não deve envolver a prorrogação de mandatos, ou seja, que, mesmo que seja adiada, a eleição será ainda em 2020. “Precisamos respeitar o resultado das urnas, que garantiu a prefeitos e vereadores o mandato de quatro anos. Nada que não saia das urnas pode ser prorrogado”, declarou.
A expectativa de Barroso é de que a nova data seja entre o final de novembro e as primeiras semanas de dezembro e, até lá, será preciso pensar, segundo ele, em um mecanismo de higienização para minimizar os riscos de infecção pelo coronavírus.
A estratégia, adiantou, deve envolver inclusive a atração de empresas para doar luvas, máscaras e álcool em gel: “Vamos precisar que a iniciativa privada apoie a democracia brasileira e proteja nossos 1,8 milhão de mesários. Queremos zelar pela saúde deles e dos eleitores”.
Para este ano, a previsão é de que a eleição fosse feita no dia 4 de outubro, com o segundo turno marcado para o dia 25 do mesmo mês.