Sindprev flagra descarte irregular de lixo em hospital de Arapiraca

O Sindicato dos Trabalhadores de Saúde, Trabalho e Previdência de Alagoas (Sindprev-AL) flagrou descarte irregular de lixo, paredes mofadas e fossa estourada no Hospital de Emergência Dr. Daniel Houly, em Arapiraca. A visita à unidade de saúde foi feita após denúncias de funcionários. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (28).

A vistoria foi realizada na quarta (27). “No hospital, nós encontramos o descarte irregular de lixo, em um amontoado que estava nos fundos do hospital, ao lado de uma janela da cozinha da unidade. A cozinha também está em condições precárias, com as paredes sujas”, conta Francisco Mata, presidente do sindicato.

As paredes mofadas também estavam em outras salas, segundo o Sindprev. Do lado de fora, uma fossa da unidade estava estourada.

Em nota encaminhada ao G1, a direção do hospital afirmou que a central de tratamento de resíduos sólidos do hospital foi iniciada e está com mais de 50% dos trabalhos adiantados, e que por conta da pandemia do novo coronavírus, as obras foram paralisadas, mas devem retornar em breve.

Sobre os problemas na cozinha, informou que o serviço de Nutrição e Dietética do hospital está passando por um processo de modernização, incluindo a cozinha e outros setores, e por conta da pandemia, a destinação dos equipamentos para o setor tiveram que aguardar, mas continuarão nos próximos dias.

A resposta condiz com a informação recebida pelo sindicato no local. “A gerência do hospital nos recebeu, e falou que vão resolver as questões que nós encontramos lá. Quanto à cozinha, tem um prédio reformado, e a cozinha será repassada para lá”, explicou Mata.

Fossa estourada no HEA, em Arapiraca, AL — Foto: Sindprev

Fossa estourada no HEA, em Arapiraca, AL — Foto: Sindprev

Visita ao Samu

O Sindprev também visitou a sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Arapiraca (Samu), por causa da denúncias de funcionários sobre a precariedade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e afastamentos como punição.

“Os funcionários disseram que os afastamentos foram provocados por que as pessoas em questão haviam reclamado da precariedade dos EPIs e das condições de trabalho. Por causa da demanda, o pessoal que trabalha com a higienização das ambulâncias estava trabalhando mais. Até lavagem de EPIs, que são descartáveis, eles nos relataram”, conta Mata.

A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria do Samu às 11h13, mas não tinha recebido resposta até a última atualização desta matéria.

O sindicato disse que não foi recebido pela gerência do Samu na cidade, mas foi informado de que seria recebido para uma conversa em uma outra oportunidade.

Os problemas encontrados em Arapiraca, tanto no hospital quanto no Samu, vão compor um relatório para ser formalizada denúncia junto ao Ministério Público Estadual (MP-AL).

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