Ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 chega a 70% em Alagoas
Alagoas atingiu nesta segunda-feira (11) 70% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 nas redes pública e privada. A informação é do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde de Alagoas (CIEVS/AL), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Para o Cievs, a ocupação de leitos hospitalares em Alagoas chegou rapidamente em níveis alarmantes e a rede pública de saúde pode entrar em colapso mais cedo que o esperado.
O Hospital da Mulher, em Maceió, está com 74% de ocupação dos leitos clínicos. Na UTI, a ocupação chegou a 63%. No Hospital Sanatório e no Hospital Universitário (HU) a situação também preocupa.
“A situação está se agravando. Os leitos disponíveis estão sendo ocupados muito rapidamente”, confirmou a médica Luciana Pacheco, diretora médica do Hospital Escola Hélvio Auto, onde os leitos exclusivos de Covid-19 para pacientes HIV positivo estão 38% ocupados; para pacientes com Covid-19 e tuberculose, a ocupação é de 50%.
Ainda de acordo com o boletim, todos os leitos disponíveis nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Trapiche e do Jacintinho estão ocupados. Já na UPA do Tabuleiro do Martins, restam apenas dois leitos intermediários. Atualmente, há várias unidades da rede privada de saúde com taxa de ocupação em 100%, o que significa que há um colapso na rede hospitalar privada do Estado.
No interior de Alagoas não é diferente. Em São Miguel dos Campos, há apenas um leito de UTI disponível. Em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, a ocupação de leitos chegou a 65%. Já em Delmiro Golveia, não há mais leitos intermediários.
O estado tem, ao todo, 505 leitos direcionados para o tratamento de pacientes com o coronavírus, mais que o dobro disponível no período inicial da pandemia. A expectativa é de que, no próximo dia 15, esse número aumente com a inauguração do Hospital Metropolitano, que terá 160 novos leitos.
Ainda que o número de leitos aumente, as medidas de restrição precisam ser respeitadas. “Não adianta criar leitos se as pessoas continuam sem acreditar na doença, como se nada estivesse acontecendo. É muito triste!”, disse a infectologista Luciana Pacheco.
G1