Filiação de prefeito no MDB foi pra Cristiano Matheus ir disputar Prefeitura no Sertão
Quem pensar que Cristiano Matheus perdeu as rédeas do MDB em Marechal Deodoro/AL, pelo fato do atual prefeito Cacau (seu adversário) ter se filiado esta semana em seu partido, a convite do senador Renan Calheiros e de seu filho o governador Renan Filho, comandantes da legenda em Alagoas; está enganado. É de se saber que tudo não passa de uma estratégia dos Calheiros; entendo que Cristiano detém amplas chances de ser mais um candidato forte do MDB, porém na disputa pela Prefeitura de Pão de Açúcar, terra natal do próprio ex-prefeito de Marechal. Nesse embalo, até a última quarta-feira, o MDB estava com 54 prefeitos de mandatos filiados ao partido, cuja janela de filiações se findou neste sábado, o que pode ter aumentado esse percentual.
“Esta semana fui ao Palácio entregar pessoalmente o Diretório Municipal do MDB, ao governador e ao senador, pela consideração que eles tiveram comigo, sobretudo porque esperavam que eu fosse disputar a Prefeitura de Marechal”, narra Cristiano num vídeo postado neste sábado. Pois não foi a toa que no mês passado Cristino Matheus esteve participando de uma cerimonia de inauguração de um Colégio Estadual lá em Marechal a convite do governador Renan Filho e do vice, Luciano Barbosa; ocasião em que estava também o prefeito Cacau. O evento se tornou indigesto para Cristiano, visto que um monte de puxa-saco do prefeito Cacau que estava na plateia chegou a vaiá-lo quando usou o microfone.
No vídeo que Cristiano Matheus postou nas redes sociais, com cinco minutos de gravação, detona o egoísmo de Júnior Dâmaso, por esse não abrir mão de querer ser o cabeça de uma chapa da oposição para enfrentar este ano a reeleição do prefeito Cacau. Cristiano afirma que permanece no MDB de Alagoas, e que já transferiu seu domicílio eleitoral para Pão de Açúcar, onde nasceu cujos contatos já estão sendo feitos, no sentido de ancorar sua candidatura. Almeja formar uma aliança apoiada por um grupo, que vise a retomada do crescimento daquele município sertanejo, por meio de um gestor dotado de experiência política e com influência por toda parte.
“Na minha bagagem política se soma: vereador por Maceió, deputado federal por dois mandatos e prefeito de Marechal por dois mantados também. Em Marechal me destaquei investindo em obras marcantes; agora o Júnior nem sequer comandou um Conselho Tutelar; não foi vereador, nem secretário; enfim, não reconhecer que ser vice-prefeito é coisa importante” pontou em sua gravação Cristiano, dando conta de que todo artifício de conversa política foi tentado junto com Júnior, mas a resistência, o egoísmo e prepotência da família Dâmaso falou mais alto. “Os caras queriam que eu fosse vice, é brincadeira!” brincou com a nossa reportagem.