Namorado da prima da menina de 11 anos morta em Marechal Deodoro é apreendido pelo crime
A Policia Civil apreendeu nesta terça-feira (11) um adolescente de 17 anos suspeito de estuprar e matar Mariana Vieira Marques Barbosa, de 11 anos, em Marechal Deodoro. Ele é namorado da prima da vítima e, segundo a polícia, entrou em contradição durante os depoimentos, mas não confessou o crime.
O corpo da criança foi encontrado na segunda (10) com sinais de esganadura no pescoço e seminu. No mesmo dia, a polícia informou que exames comprovaram que ela foi estuprada.
O delegado Leonam Pinheiro disse, em entrevista ao AL1, que a prima de Mariana contou à polícia que o namorado pediu para que ela mentisse em depoimento. Ela admitiu que estava em casa com o namorado e a prima, mas foi dormir e deixou os dois a sós. E que o namorado só foi para a cama por volta de 5 horas da manhã.
“O crime está elucidado. O suspeito foi interrogado por mais de uma oportunidade, várias contradições foram vistas em seus depoimentos consecutivos, a namorada [dele] confessou e nos narrou que ele tinha, antes das oitivas, pedido para ela mentir em depoimento e, além disso, ele também tinha confessado o fato a ela. Nós chegamos à conclusão de que foi esse indivíduo, este menor de 17 anos, que praticou esse ato bárbaro contra esta criança”, detalhou o delegado Leonam Pinheiro.
Ainda segundo as investigações, o horário indicado pela prima da vítima bate com a hora da morte, indicada pela perícia feita no corpo. A polícia ainda tenta descobrir o local exato do assassinato de Mariana, o que se sabe até agora é que o crime não aconteceu no mesmo local onde o corpo foi encontrado.
Dois suspeitos estavam sendo investigados após o crime, sendo um deles o namorado da prima dela. Ele teria sido a última pessoa que foi vista com a vítima antes de ela desaparecer.
Embora o suspeito esteja apreendido e os depoimentos apontem para a culpa dele no caso, a polícia informou que ainda depende de provas técnicas para fechar o caso.
“Foi coletado material genético junto ao corpo da vítima e esperamos que, na confrontação desse material genético junto ao material genético que será fornecido pelo acusado, nós possamos efetivamente comprovar que este criminoso praticou este delito”, disse o delegado.
Protesto em Marechal
Quando os moradores de Marechal Deodoro souberam que o suspeito do crime tinha sido apreendido, foram para a frente do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da cidade, o que acabou provocando um tumulto no local.
“É natural [a revolta]. Marechal Deodoro vinha há 4 meses sem registrar homicídio. Então, quebrou-se esse jejum com um crime bárbaro, um crime contra uma criança e envolvendo ainda algo contra a sua dignidade sexual”, afirmou Leonam Pinheiro.
As provas levantadas pela polícia e os depoimentos colhidos durante a investigação serão anexados ao inquérito e remetido à Justiça para que o caso seja julgado.
G1