Agricultores atendidos pelo Crédito Fundiário e técnicos da SDR participam de Intercâmbio Tecnológico, Sócio e Cultural

Agricultores familiares assentados da reforma agrária, por meio do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF), e técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), participam de um Intercâmbio Tecnológico, Sócio e Cultural, que está possibilitando ampliar seus conhecimentos acerca das novas tecnologias sociais, inovações e tendências para o campo.

O intercâmbio, que encerrará nesta terça-feira (11), no Estado de Alagoas, reúne representantes dos estados de Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Bahia, e percorreu mais de dezesseis cidades dos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Brasília, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Essa é uma ação idealizada pela Cooperativa Regional de Palmeira dos Índios (Carpil), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), unidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), executa o PNCF, do Governo Federal, como ação complementar à reforma agrária. Atualmente, a Bahia conta com mais de 10 mil famílias beneficiadas pelo programa, em 128 municípios, o que representa mais de 30% de toda área do estado.

Isabel Oliveira, coordenadora de Reforma Agrária, da CDA/SDR, reforça a importância de atividades para enriquecer a formação dos agricultores familiares: “Essa é a primeira vez que nosso público participa de algo grandioso como isso. Integrar as nossas ações e bons resultados do campo aqui no Estado da Bahia aos outros estados só mostra o quanto se faz necessário difundir e compartilhar o que é bom e dá resultado. Conhecer o que de positivo e diferenciado há na agricultura familiar e na reforma agrária só fortalece o conceito de sustentabilidade que os projetos da reforma agrária devem representar para toda uma sociedade. Esse intercâmbio faz nascer no Estado a vontade de mostrar aos demais parceiros o que de potencial temos na nossa agricultura familiar também”.

Mudança de percepção

Maria da Conceição dos Santos, presidente da Associação de Pequenos Produtores Renascer de Arataca, explica que a atividade tem possibilitado ampliar sua visão sobre a possibilidade de comercializar seus produtos nos mercados: “É uma troca de experiência muito boa, interagir com pessoas de outras culturas, de outros Estados. As experiências mostram que nos agricultores temos um campo aberto para produzir e negociar. Nós temos um Brasil imenso no qual podemos levar nossos produtos. O nosso Nordeste é rico em produção, diversidade. É um intercâmbio muito bom, principalmente para nós agricultores, que muitas vezes ficamos com medo de plantar e de investir, achando que não tem mercado, mas tem sim, é só confiar”.

Tainara Guimarães, técnica da CDA/SDR, considera a caravana uma experiência incrível: “Além de muito conhecimento adquirido, as trocas de experiências foram agregadoras. Em Brasília, por exemplo, tivemos uma agenda densa de dois dias, onde fizemos visitas técnicas em cooperativas da região, conhecemos a Fazenda Malunga, maior exportadora de produtos orgânicos da América Latina. No Paraná, tivemos a oportunidade de participar da maior feira de agronegócios do Brasil, o Show Rural COOPAVEL. Sem dúvidas, uma grande oportunidade de aprendizado, que deve ser compartilhado para o fortalecimento da agricultura familiar na Bahia”.

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