Médico é anunciado como vice da filha de ex-prefeito que cumpre prisão domiciliar
Na pacata cidade de Satuba, aqui bem próximo de Maceió, todo um costurado político vem sendo montado para o grande embate de outubro próximo, na disputa pela Prefeitura. Pois nesse cenário surge mais uma vez o nome do ex-prefeito Adalberon de Moraes, que quando muitos pensavam que iria abandonar a política, ele agora, mesmo com bronca de prisão, anuncia o nome da filha, Mariah. Tal articulação envolve o nome do médico Antônio José Guedes Gerbase, esse para compor a chapa como vice. Gerbase há 18 anos atua profissionalmente no município.
É de se saber que o polêmico Adalberon de Moraes passou um longo período nas grades, porém enfrenta hoje, prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Seu histórico de violência resultou em manchetes nos meios de comunicação em 2003, sobretudo, pelo monstruoso crime do professor Paulo Bandeira; encontrado com seu corpo carbonizado dentro de um veículo incendiado num matagal. Em meio a isso, ele também é acusado de ser o mandante do crime contra a feirante Zélia (que estava gestante na época).
Enquanto isso, a situação trabalha no sentido de se manter no poder, não com o prefeito Paulo Acioly, que não pode seguir para um terceiro mandato consecutivo. Ele está anunciando o atual secretário da Saúde, Júnior da Saúde. Quanto ao futuro político do atual vice-prefeito, o advogado Marcelo Malta esse ainda é indeciso naquele território, até porque Malta que tem suas origens do Sertão, detém mais afinidade em Maceió, aonde já chegou até ser vereador pelo PC do B.
Condenação
No dia 22 de março de 2013, os jornais publicaram: Depois de quatro dias de julgamento, o Tribunal do Júri da 8ª Vara Criminal de Maceió condenou na noite desta quinta-feira (21) o ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes Barros, à pena de 34 anos e 4 meses de prisão por ter sido mandante do assassinato do professor Paulo Bandeira, em junho de 2003.
O policial militar reformado Geraldo Augusto Santos foi condenado a 28 anos e 8 meses de prisão. O cabo PM Ananias Lima, também condenado, pegou pena de 31 anos. Os jurados consideraram ambos culpados de autoria material do crime – Paulo Bandeira foi acorrentado e queimado vivo dentro de seu carro, em uma mata de Satuba.
Todos os três tiveram as penas acrescentadas por agravantes, já que foram considerados culpados de sequestro, homicídio qualificado, ocultação e destruição de cadáver. Além das penas, os três condenados terão que pagar uma indenização total de R$ 200 mil à família de Paulo Bandeira, conforme decisão do magistrado.
Marcelo José dos Santos, ex-chefe de gabinete e assessor direto de Adalberon, foi absolvido de todas as acusações. Dos três réus condenados, apenas Adalberon saiu do tribunal para a prisão. Ele vai cumprir a pena em regime inicialmente fechado e em presídio de segurança máxima, conforme a sentença do juiz.