“Críticas de Bolsonaro à imprensa são corretas”, diz Lula

ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva endossou algumas das críticas feitas pelo atual mandatário, Jair Bolsonaro, à imprensa. As declarações sobre o sucessor e a cobertura jornalista foram dadas em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. “Acho que tem crítica que ele (Bolsonaro) faz que é correta. Dê a ele o mesmo direito que dá aos outros, direito de falar, abra para ele falar”, afirmou Lula.

petista, porém, não deixou de criticar Bolsonaro. “Não acho que é correto um presidente da República se comunicar pelo seu Twitter, um presidente da República tem a obrigação de prestar contas à democracia, atendendo a imprensa”, defendeu.

“Não aquele cafezinho formal, em que tem um general como porta-voz, que é tudo quase militarizado. Mais do que no tempo dos militares. Marca uma entrevista livre com a imprensa e deixa a imprensa perguntar!”, disse.

Globo

O ex-presidente chegou a citar o nazismo ao criticar a TV Globo e a cobertura da emissora sobre o portal de notícias Intercept.

“O que a Globo está fazendo com o Intercept, era capaz que o nazismo não fizesse”, declarou. Em seguida, o petista alegou incorretamente que a emissora citou o site Intercept apenas em duas ocasiões: quando o portal revelou que o apresentador global Fausto Silva havia dado conselhos a Sérgio Moro e quando reportagens citaram o nome do jornalista Roberto D’Ávila.

Na verdade, a emissora repercute as denúncias do portal desde junho do ano passado, na ocasião da primeira reportagem do caso conhecido como Vaza Jato.

Lula também afirmou incorretamente que a emissora não noticiou a denúncia do Ministério Público contra o jornalista americano Glenn Greenwald, fundador do Intercept. O caso, no entanto, foi pautado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na terça-feira, mesmo dia da denúncia.

A reportagem do Jornal Nacional também incluiu a manifestação de repúdio contra o MP da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

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