Luto! Morre Luiz Vieira, autor de ‘Menino Passarinho’

O cantor, compositor e radialista pernambucano Luiz Vieira morreu na manhã de hoje na Casa de Saúde São José, no Rio, de complicações respiratórias. Tinha 91 anos e estava hospitalizado desde quarta-feira, dia 15 de janeiro.

Vieira nasceu em Caruaru, mas mudou-se para a cidade carioca aos dez anos de idade. Antes de embarcar na carreira artística, fez praticamente de tudo: foi engraxate, chofer de caminhão, taxista e até guia de cego. Nos anos 40, o radialista passou a se apresentar em programas de calouros. Em 1954, seu vozeirão o qualificou para apresentar o programa de rádio Manhãs da Roça, ao lado do cantor e compositor Zé do Norte. Posteriormente, foi alçado à posição de diretor musical da atração. Vieira transferiu-se para a Radio Tamoio onde assumiu o epíteto de “o príncipe do baião” num programa ao lado de Luiz Gonzaga, Carmélia Alves e Claudette Soares – respectivamente, o rei, a rainha e a princesinha do baião.

Embora seus tempos de radialista tenham feito sucesso, foi seu trabalho como cantor e compositor que o tornou reconhecido nacionalmente. Ele estreou em disco no ano de 1951. Gravou criações de Assis Valente, foi produzido por Moacyr Santos e recrutou os sanfoneiros Dominguinhos, Chiquinho do Acordeon e Zé Menezes para um projeto dedicado ao forró. É autor de Menino de Braçanã, gravada por Ivon Cury e Zizi Possi. Outro grande sucesso de seu repertório é Prelúdio para Ninar Gente Grande (Menino Passarinho), de 1962. Foram mais  de 500 músicas gravadas por diversos artistas, entre os quais, Caetano Veloso, Taiguara, Pery Ribeiro, Nara Leão, Moacyr Franco, Hebe Camargo, Augusto Calheiros, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Cascatinha e Inhana, Sérgio Reis, Rita Lee, Marcelo Costa e Maria Bethânia. Sua morte está sendo lamentada nas redes sociais. “Luiz Vieira é um mestre! Sempre gostei de suas canções e sinto sua influência em tudo que faço! Permanecerá com uma referência para todos aqueles que quiserem entender e praticar a música brasileira!”, lamentou o cantor e compositor Renato Teixeira.

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