Nome de Bento XVI será retirado de livro sobre celibato
O cardeal afirmou, na mesma rede social, que “Bento XVI sabia que nosso projeto tomaria a forma de um livro. Eu posso dizer que nós trocamos várias provas para estabelecer as correções”. Ele também publicou um comunicado oficial em que reitera a declaração.
Alguns estudiosos católicos romanos haviam repreendido o Papa Emérito por seus comentários no livro, dizendo que suas palavras arriscavam desestabilizar o atual pontífice, Francisco.
Padres casados na Amazônia
Em outubro, o documento final de uma assembleia de bispos católicos, ou sínodo, sobre a Amazônia propôs que homens casados da região remota possam ser ordenados como padres, o que provocaria uma mudança histórica na disciplina de celibato vigente há séculos na Igreja.
A proposta sugere que homens casados mais velhos que já são diáconos da Igreja, têm um relacionamento familiar estável e são líderes comprovados de suas comunidades sejam ordenados depois de uma formação adequada.
O Papa Francisco a cogitará, assim como muitas outras propostas sobre questões que emergiram durante o sínodo, incluindo o meio ambiente e o papel das mulheres, em um documento de sua autoria, conhecido como Exortação Apostólica, que ainda deve ser publicado.
Em 2013, quando se tornou o primeiro papa a renunciar em 700 anos, Bento XVI, que mora no Vaticano e está com 92 anos e saúde frágil, prometeu se manter “escondido do mundo”. Mesmo assim, deu entrevistas, escreveu artigos e contribuiu com livros, na prática rompendo a promessa e animando os conservadores – alguns dos quais não reconhecem a legitimidade de Francisco.