Ruim! Três opções para livrar a Globo do Se Joga em 2020

No sábado (11), a extinção do Vídeo Show completou um ano. A atração, com mais de três décadas de história, chegou ao fim após meses de vice-liderança, aplacada pelo quadro A Hora da Venenosa – do Balanço Geral, na Record – e pelo desgaste causado por sucessivas intervenções, que levaram atores, comediantes, ex-BBBs e youtubers ao comando do programa que, em toda sua existência, serviu de vitrine para a Globo e seus contratados. Por ocasião do término, parecia que não ia fazer falta. Mas faz.

Meses após a extinção, a emissora estreou o Se Joga. O título, genérico, condiz com a proposta de “se jogar” – na concorrência, talvez. O formato é similar ao Vídeo Show em seu declínio: aborda a vida dos famosos a partir da ótica limitada da emissora – boa parte dos convidados se expõe bem mais, e por conta própria, em Stories do Instagram –, e traz brincadeiras “divertidas” como provar um cupcake de berinjela após cair numa fake news ou disputar corrida de velotrol no cenário. Também quadros de humor que divertem apenas Érico Brás, um dos apresentadores.

O Se Joga conta com a apatia – por vezes impaciência – de Fernanda Gentil, sem o brilho de quem dominava a pauta no campo esportivo. Há entusiasmo de fato apenas em Fabiana Karla, sempre competente. E Paulo Vieira, fazendo na Globo o que já fazia na Record. São os três pontos positivos do projeto que nasceu fadado ao fracasso, pela obediência da Globo e dos profissionais envolvidos à fórmula que minou o Vídeo Show. O resultado: 2° lugar no ranking das emissoras de TV aberta; 3° desde que as férias escolares impulsionaram o SBT.

O programa, porém, parece faturar. Um dos games é patrocinado por uma grande loja de departamentos. Talvez seja este o motivo pelo qual a Globo ainda não deu ao Se Joga o mesmo destino de ideias tão estapafúrdias quanto – Adnight, Os Melhores Anos de Nossas Vidas, Tomara Que Caia… Só que audiência e faturamento, em TV, precisam andar juntos. A casa, embora ainda inerte, tem plena consciência disso. Para auxiliar o canal, deixo abaixo três sugestões. E o espaço aberto para o leitor do RD1 opinar a respeito, nos comentários ou nas redes sociais.

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