Da segunda metade, o apresentador deixou 75% para os três e 25% para cinco sobrinhos. Se Rose passar a ser herdeira, o quinhão diminuirá consideravelmente.
A família de Gugu alega que uma disputa judicial colocaria Rose contra seus próprios filhos. Afirma ainda que ela está recebendo “mau aconselhamento” de terceiros. Pessoas ligadas à família afirmam que ela nunca teve relação estável com o apresentador, sendo apenas amiga dele e mãe das crianças.
Rose contesta. Diz que Gugu tanto vivia com ela que tinha um closet cheio de roupas na casa da família, em Orlando —onde morreu num acidente. Diz também que entrará com a ação para fazer valer seu direito. Mas que doará tudo imediatamente aos filhos, ficando com o usufruto de parte dos bens para sobreviver. Nesta semana, ela foi a um cartório em SP e fez um testamento prevendo exatamente isso. Ela recebeu o repórter Bruno B. Soraggi no escritório de seu advogado, Nelson Wilians, para a seguinte entrevista:
Por que decidiu pedir agora o reconhecimento da união estável com Gugu? Qualquer mulher no meu lugar faria isso. Está parecendo que é uma briga. Mas não é. Eu tenho todo o direito de me colocar no meu lugar —infelizmente, na condição de viúva. A própria família dele estava cansada de nos ver juntos, há 19 anos. Eu chamava ele de anjo. Nunca tive outro homem a não ser ele. Há pessoas que não querem aceitar a minha união estável com Gugu. Nós sempre fomos uma família. Marido e mulher, mãe e pai de três filhos. Só isso. É tão óbvio. Tenho inúmeras provas disso. Fotografias em casa, em viagens. Roupas dele em casa [em Orlando, nos EUA].
Mas vocês moravam juntos? O Gugu sempre teve a ideia de mandar os filhos para fazer ‘high school’ fora do Brasil. Em 2015, fomos embora [para Orlando]. E ele ia muitas vezes pra lá [o apresentador tinha casa em SP por ter que trabalhar no Brasil]. Ia com uma mala de mão, todas as roupas dele ficavam em casa. Toda segunda de manhã ele depositava [no banco] o que eu precisava para me manter.
E antes de se mudarem para os EUA? O Gugu sempre morou na Aldeia [da Serra, em SP], na casa dele. E eu na minha [em Alphaville]. Mas nós sempre fomos uma família. A gente sempre se amou. Sempre fomos pai e mãe dos mesmos filhos, íntimos um do outro. O fato de ele morar em uma casa e eu na outra não significa nada, mesmo porque o Gugu gostava de silêncio, entendeu? E ele continuava a vida dele, no escritório dele, na casa dele, no cantinho dele.
Há algum documento que comprove a união? Não. Nós tivemos os três filhos e a nossa vida foi correndo. Normal, um companheiro do outro.
Como estão os seus filhos? O Gugu morreu na nossa casa. As crianças estão muito abaladas porque eles viram o pai morrendo no chão. Foi trágico. Ele faleceu nos meus braços praticamente.
[O advogado pergunta se Miriam sabe qual é o patrimônio de Gugu] Nunca fiquei perguntando. Não tinha motivo. O que sei é que o que é do pai é dos filhos. Já está tudo no nome dos filhos. Como o Gugu queria. Não quero nada para mim. É tudo deles. Eu só vou viver de usufruto para poder me manter.