Servidores da Perícia Oficial de Alagoas paralisam as atividades por tempo indeterminado

Servidores da Perícia Oficial de Alagoas entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (9).

A categoria cobra a modernização da carreira e criação do Núcleo de Perícia de Arapiraca. Os peritos dizem que corpos que chegarem ao Instituto Médico Legal (IML) passarão por necropsia, mas não serão liberados para sepultamentos.

A paralisação envolve peritos criminais, médicos legistas, odontolegistas, técnicos forenses e papiloscopistas.

Mobilização

Com a greve, apenas uma equipe da perícia do Instituto de Criminalística vai atender todo o estado. Nos IMLs de Maceió e Arapiraca as necropsias terão redução de 50%. Exames de corpo de delito em presos, exames domiciliares e exumações estão 100% suspensos.

Os demais serviços estarão mantidos, como exames de corpo delito na população em geral; exames em vítima de crimes sexuais.

Somente serão periciados locais com a presença da Polícia Civil. Além disso, não serão recebidos, na sede do Instituto, armas e munições, drogas e documentos para perícia.

“O projeto foi um compromisso do governo, inclusive para viabilizar a abertura do Instituto de Criminalística de Arapiraca. Foi amplamente discutido. Foi um consenso. Estamos fazendo nossa parte. Queremos apenas o cumprimento dos acordos firmados. Nada além disso”, afirmou Paulo Rogério do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas.

“O entrave é na Secretaria de Estado da Fazendo que alega que o pleito da Perícia Oficial atinge o teto de gasto e que não pode ampliar o número de vagas, criar o núcleo de Arapiraca e atender outros pontos. A mordernização da carreira só iria ter impacto na mudança de salário daqui a dois anos, então não tem como dizer que terá impacto agora”, reforça Paulo Rogério.

As atividades normais só deverão ser retomadas após o envio para a Assembleia Legislativa do projeto de lei que, entre outras providências, promove a criação de vagas para os quadros da Perícia Oficial.

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