Alagoanos são os que menos gastam com cultura no Brasil, revela IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (5), no estudo Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2018, que os alagoanos são os que menos gastam com cultura no Brasil.
Enquanto a média de gasto mensal por família no país fica acima dos R$ 300, em Alagoas, esse valor cai para R$ 120.
As unidades da federação com maior valor médio de gasto em cultura foram Distrito Federal (cerca de R$ 609) e São Paulo (R$ 392).
Do valor total gasto pelas famílias alagoanas, R$ 75,73 correspondem a despesas com serviços de telefonia, internet e assinatura de TV; restando R$ 11,08 para atividades correspondentes a cultura e lazer; R$ 1,25 para questões de educação profissional e de ensino e R$ 4,09 com aquisição de produtos e acessórios de uso pessoal.
Investimento do poder público
O levantamento também mede a evolução dos gastos dos poderes públicos estadual e municipais com cultura desde 2011 até 2018.
Em ambas as esferas há oscilação de investimentos, subindo em alguns anos e caindo em outros. É fato que houve um aumento ao longo do período, mas quando observada a diferença de 2018 para 2017, o resultado foi negativo.
Despesas do governo estadual com cultura
- 2011: R$ 13,296 milhões
- 2012: R$ 11,553 milhões
- 2013: R$ 11,939 milhões
- 2014: R$ 14,612 milhões
- 2015: R$ 9,192 milhões
- 2016: R$ 12,419 milhões
- 2017: R$ 20,163 milhões
- 2018: R$ 15,938 milhões
Despesas dos governos municipais com cultura
- 2011: R$ 47,806 milhões
- 2012: R$ 45,851 milhões
- 2013: R$ 70,400 milhões
- 2014: R$ 75,336 milhões
- 2015: R$ 74,748 milhões
- 2016: R$ 48,635 milhões
- 2017: R$ 55,488 milhões
- 2018: R$ 48,164 milhões
Ocupação
A pesquisa revela ainda que, ao longo da década avaliada, Alagoas apresentou um significativo crescimento no número de geração de empregos no setor cultural.
Contabilizando um crescimento ocupacional acumulado de 65,9% entre 2007 e 2018, sendo considerada a maior taxa do país; com salário médio nas funções ofertadas de R$ 1,4 mil, valor que fica acima do salário mínimo.
O estudo expôs ainda que os acréscimos nos investimentos feitos pelos poderes públicos no setor cultural contribuíram para o aumento da participação e crescimento da atividade econômica.
G1