Por que o crachá?
Tudo começou em outubro, na filial Daimaru em Umeda, importante distrito comercial e de entretenimento na cidade de Osaka. Os crachás foram entregues para cerca de 500 mulheres que trabalhavam na seção de roupas femininas. Seu uso, segundo a empresa, era voluntário e foi uma sugestão dos próprios funcionários.
Além de tentar melhorar o ambiente de trabalho para as funcionárias durante o período menstrual, a varejista tinha outros planos na hora de implementar o crachá: informar que a nova seção, dedicada ao “bem-estar das mulheres”, foi inaugurada em 22 de novembro.
As reações
Um dia antes da inauguração, os crachás foram apresentados à imprensa. Alguns veículos de comunicação explicou o acessório como uma forma de conscientizar os clientes e colegas de trabalho sobre o período menstrual das funcionárias. Mas a novidade não foi recebida muito bem pelo público. Segundo um executivo da Daimaru, algumas das críticas “estavam relacionadas a assédio”.
Entre os próprios funcionários houve controvérsia. Muitos se mostraram relutantes em usar a identificação. Para a porta-voz da empresa, essa reação vinha do fato de que eles “não entendiam” o objetivo do crachá. Apesar disso, Higuchi informou que muitos membros da equipe viram a proposta como positiva e diversos clientes ligaram para mostrar seu apoio à iniciativa.
Devido à polêmica, a empresa pretende reavaliar a estratégia, mas sem cancelar a política de identificação. Segundo Higuchi, eles pretendem testar uma forma diferente de compartilhar o status menstrual de suas funcionárias sem alertar o público.