Moradores de bairros de Maceió afetados por rachaduras se reúnem com presidente do STF

Famílias que tiveram suas moradias afetadas pelas rachaduras que surgiram em bairros de Maceió há quase dois anos se reuniram nesta terça-feira (26) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e com outros integrantes do Poder Judiciário durante um evento na capital de Alagoas.

As primeiras rachaduras surgiram no início de 2018 e se agravaram, fazendo com que centenas de famílias fossem obrigadas a deixar suas moradias por causa do risco de desabamento. Um laudo técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontou a extração de sal-gema como a principal causa do fenômeno.

O ministro está em Alagoas para o XIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, que aconteceu na segunda (25) e nesta terça, no centro de convenções de Jaraguá.

Nesta tarde, durante uma das atividades do encontro, um grupo composto por moradores do Mutange, Bebedouro, Pinheiro e Bom Parto realizou um ato do lado de fora do centro de convenções com uma faixa para chamar atenção dos integrantes do judiciário.

O Ministro Dias Toffoli não quis falar com a imprensa sobre o encontro, que não estava na pauta do evento. Horas depois, no encerramento do evento, ele falou da necessidade de se aprimorar a relação da Justiça com a sociedade, fazendo menção a uma reclamação do grupo que havia protestado à tarde.

“Nós temos essa possibilidade de colocar em conjunto agentes públicos que, às vezes, não consegue resolver problemas, porque fica um empurrando para o outro. Agora mesmo recebi um grupo do Pinheiro que dizia isso: ‘cada instituição fica nos jogando para uma solução aqui e acolá e ninguém coloca todo mundo junto’. Nós podemos fazer esse elo com a sociedade para que haja uma pacificação social”, disse Toffoli.

A conselheira Maria Tereza Uille, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também participou da reunião, comentou que as demandas dos moradores foram ouvidas e que será formada uma agenda para atendê-los.

“Queremos agilizar o mapa da situação, o cadastramento de todas essas pessoas e um plano de ação, com um cronograma para que [o pedido] seja efetivamente monitorado, atendido”, disse a Conselheira.

Ficou definido também que o CNJ marcaria uma reunião para o próximo mês em Brasília sobre o assunto.

“Para mim, foi muito positivo. Estou saindo satisfeita e com um pouco de esperança”, comemorou Daniela Vanessa, moradora do Mutange que compôs o grupo recebido pelo ministro do STF.

G1

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