Justiça rejeita pedido da Defensoria Pública e mantém preso padrasto de Danilo
O juiz Alexandre Machado – do juizado da Violência Doméstica e Familiar de Arapiraca – indeferiu pedido de revogação da prisão de José Roberto Morais feito pelo defensor público Marcos Freire, padrasto do menino Danilo Almeida, encontrado morto em Maceió.
Comunicado da decisão, ainda nesta quarta-feira (13), o defensor já protocolou habeas corpus no Tribunal de Justiça de Alagoas, onde o caso será agora apreciado por um desembargador.
José Roberto é padrasto do menino Danilo Almeida – morto a facadas, em outubro – crime até agora não elucidado pela polícia. À Defensoria Pública, ele e a esposa chegaram a denunciar que delegados teriam praticado tortura psicológica.
Essa semana, a Polícia Civil divulgou que mais uma vítima denunciou o preso por agressão, caso que teria ocorrido em 2014, em Maceió. A vítima teria relatado para a polícia que foi agredida fisicamente por ele com socos na boca e braço.
O defensor público Marcos Freire tinha protocolado, na última segunda-feira (11), o pedido de revogação da prisão preventiva de José Roberto, apontado como suspeito de crimes contra a ex-mulher e a enteada entre os anos de 2009 e 2010, quando ainda morava em Arapiraca.
Consta envolvimento de José Roberto na prática de estupro de vulnerável, lesão corporal, cárcere privado e tentativa de homicídio. A prisão ocorreu após diligência no último dia 7, pelos delegados Bruno Emílio, Eduardo Mero, Fábio Costa e Thiago Prado.
“Entendo que não estão presentes os requisitos para a prisão preventiva. Vejo alguns pontos que chamam a atenção nesse caso, primeiro em relação ao tempo que se deram os fatos e que somente agora foram investigados; segundo, foram investigados pelos próprios policiais de Maceió que foram denunciados pela prática de tortura e em terceiro como se deu o caso, pediram a prisão e ele sequer foi ouvido sobre os fatos. O mandado foi expedido e com 39 minutos depois que a delegacia recebeu o mandado, a prisão já estava sendo cumprida em Maceió”, afirmou o defensor Marcos Freire, ao justificar o pedido de soltura de José Roberto.