Tema da redação do Enem 2019 foi a democratização do acesso ao cinema no Brasil
O tema da redação do Enem 2019 foi a “Democratização do acesso ao cinema no Brasil “, divulgou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, neste domingo (3). Os candidatos devem elaborar um texto dissertativo de até 30 linhas sobre o assunto. Weintraub anunciou o tema da redação 2019 em vídeo publicado nas suas redes sociais em frente a um colégio militar de Palmas, a capital do Tocantins.
“Vou dar um furo para vocês que pediram nesses últimos dias qual o tema da redação. É ‘Democratização do Acesso ao Cinema no Brasil’. Tô aqui em Palmas, capital do estado de Tocantins, no colégio da Polícia Militar, conferindo se o Enem está indo tudo bem. Tudo 100%, zero de atraso, zero de problemas e tudo caminhando para ser o melhor Enem de todos os tempos”, disse o ministro.
Este é o primeiro Enem sob o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Dias após ganhar a eleição de 2018, o presidente criticou uma das questões do exame, que mencionava um dialeto usado por gays e travestis, e afirmou que sua gestão iria “tomar conhecimento da prova” antes da aplicação. Para a edição 2019 do exame, o Inep (Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais) criou uma comissão para fazer uma análise ideológica da prova.
Em entrevista, Alexandre Lopes, presidente do Inep, disse que a medida não vai impactar o que se espera dos candidatos: “Vamos avaliar o conhecimento do aluno, buscar uma prova mais neutra possível.”
TEXTOS QUE FIRAM OS DIREITOS HUMANOS PODEM SER ZERADOS
Quem escrever redações que firam os direitos humanos podem perder até 200 dos 1.000 pontos possíveis. Segundo o manual de redação do Inep (responsável pelo Enem), um dos cinco itens que serão avaliados no texto é a capacidade de “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos”.
Neste domingo, os candidatos farão provas de linguagens, ciências humanas e redação. O exame dura 5h30. No próximo domingo (10), as provas serão de química, física e biologia. Pouco mais de 5 milhões de pessoas concorrem a vagas em universidades de todo o país.
Até o exame de 2016, quem ferisse os direitos humanos teria a nota zerada. No ano passado, decisão do Supremo Tribunal Federal excluiu esse item entre os critérios que anulavam a prova. No Enem 2017, em uma redação sobre a inclusão de surdos na redação, um candidato escreveu: “a melhor decisão a ser tomada é o sacrifício logo após a descoberta da maldição.”
Fonte: Folhapress