Adélio Bispo foi preso em flagrante no presídio de Campo Grande no dia 6 de setembro de 2018 logo após o atentado contra Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral. Em junho, a Justiça de Minas Gerais aceitou a tese da defesa de que transtornos mentais o levaram a cometer o ato e o considerou inimputável.

O juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, Bruno Souza Savino, decidiu
ainda que a internação “deverá perdurar por prazo indeterminado e enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade”. E que novos exames deveriam ser feitos em, no mínimo, três anos.

Pressão

Bolsonaro cobrou publicamente, e diversas vezes, a PF. Segundo o presidente e seus aliados, há grupos interessados na sua morte que bancaram Adélio.

O escritório de advocacia de Zanone foi alvo de busca e apreensão da PF em 21 de dezembro do ano passado. Foram recolhidos documentos  e aparelhos eletrônicos.

No mês seguinte, a OAB de Minas Gerais impetrou um mandado de segurança ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) pedindo a suspensão da análise dos materiais e foi atendida em março, por meio de liminar do desembargador Néviton Guedes.

Para a OAB, vasculhar os dados pessoais do advogado seria uma arbitrariedade, por violar seu sigilo profissional.