Morre o diretor e ator Jorge Fernando, após parada cardíaca, aos 64 anos
Artista irreverente, que desfilava bom humor pelos corredores das produções globais, o diretor e ator Jorge Fernando morreu neste domingo (27/10, aos 64 anos. Segundo relato de amigo, o artista teria dado entrada no hospital Copa Star (Copacabana), e a morte foi ocasionada por parada cardíaca. No início de 2017, Jorge Fernando favia sido submetido à cirurgia, depois de sofrer um AVC. A saúde já havia sido abalada, meses antes, quando ficou internado devido à pacriatite.
A equipe médica já publicou boletim oficial informado que Jorge foi atendido hoje à tarde, quando passou mal e procurou um hospital na zona sul do Rio de Janeiro. O artista morreu pouco depois das 20h.
Abaixo a última postagem de Jorge Fernando, no Instagram, há dois dias. Os fãs já encheram o posto com mensagens de despedida:
Inovação e ousadia sempre marcaram a carreira e as abordagens humoradas assinadas pelo diretor. Com o programa Macho man (2011), por exemplo, ele esteve ao lado de Marisa Orth, investindo na ridicularização de estereótipos do macho comum. Andamento rápido e cortes embasbacantes foram algumas das marcas de suas produções, como visto em Vamp (1991), Vereda tropical (1984) e Armação ilimitada (1985).
Com a série Não fuja da Raia (1996), Jorge Fernando colocou no pódio uma das grandes musas dele: Claudia Raia. Outro ícone brasileiro, Xuxa esteve sob o comando dele, no longa-metragem Xuxa gêmeas (2006). Nas novelas, ele contou com atrizes consagradas, entre as quais Fernanda Montenegro (Guerra dos sexos), Marília Pêra (Brega & chique) e Teresa Rachel (uma das protagonistas de A próxima víitma, que causou comoção nacional, em 1995).
O “medo de morrer para a vida”, como Jorge Fernando confidenciou para a global Ana Maria Braga; no plano artístico, foi debelado, dado o impacto de muitas das novelas que contaram com a supervisão de Jorge Fernando. Entre as parcerias mais recentes, depois de assinar a direção de clássicos escritos por Cassiano Gabus Mendes (com quem fez a antológica Que rei sou eu), Sílvio de Abreu, Carlos Lombardi; Walcyr Carrasco rendeu sucessos como Êta mundo bom!, Chocolate com pimenta e Alma gêmea.
Correio Braziliense