Caso Danilo: após relatos de abusos, DP pedirá afastamento de equipe que investiga morte de menino

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) informou nesta irá pedir, nesta quinta-feira (17), o afastamento da equipe policial que investiga a morte do menino Danilo Almeida, 7 anos, assassinado no bairro do Clima Bom, Parte alta de Maceió, cujo corpo foi encontrado no último sábado (12), Dia das Crianças.

A informação foi confirmada pelo chefe do Núcleo Criminal da Defensoria Pública do Estado (DPE), o defensor público Marcelo Barbosa Arantes, durante entrevista à TV Pajuçara, nesta quarta-feira (16).

Segundo Marcelo Arantes, a mãe da criança, Darcinéia Almeida, e o marido e padrasto do menino, José Roberto, procuraram a Defensoria para relatar que foram pressionados a confessar participação o crime e que teriam sido vítimas de agressões psicológicas, físicas e verbais por parte de agentes da Polícia Civil. Diante do fato, o casal foi orientado a só prestar depoimento com a presença da Defensoria Pública.

“O relato é grave. Vamos pedir para que seja apurado, para saber se isso procede ou não. É muito grave o que eles falaram. Para evitar maiores danos para quem quer que seja, eles vão ser ouvidos só se a defensoria estiver presente”, disse o defensor público.

O pedido será encaminhado ao Delegado Geral da Polícia Civil e aos os órgãos fiscalizadores como o Conselho de Segurança (Conseg) e a Corregedoria de Polícia Civil de Alagoas.

Mais cedo, a Polícia Civil afirmou, em nota, que “quaisquer denúncias envolvendo possível desvio de conduta de integrantes da instituição são devidamente apuradas, desde que comunicadas oficialmente”. Disse ainda que a mãe e o padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a pedido da psicóloga que ouvia o irmão gêmeo do garoto morto, pois ela queria ter a contextualização mais ampla das pessoas que tinham uma relação mais próxima com a vítima.

O caso

A mãe e o padrasto do pequeno Danilo Almeida, 7 anos, que foi sequestrado e morto no último sábado, no bairro do Clima Bom, prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios durante a madrugada desta quarta-feira (16), sob a suspeita de ter envolvimento no crime, mas acusaram os policiais de abuso.

A mãe da criança, Darcinéia Almeida Campos, relatou que foi forçada pelos policiais a confessar o envolvimento no crime, inclusive que sofreu agressões físicas e psicológicas dentro da delegacia.

O padrasto José Roberto confirmou que esteve na delegacia, mas nega que tenha participação no crime. “Agora que sentir uma coisa muito revoltante, pois estávamos pensando que seríamos ouvidos para receber um apoio da polícia em busca de justiça, mas realmente não deu para aceitar e entender o que aconteceu”, contou o padrasto em entrevista ao CadaMinuto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *