Agenor Leôncio rebate críticas do prefeito ao papel fiscalizador do legislativo
O Presidente da Câmara de Palmeira dos Índios, Agenor Leôncio (PSB), rebateu as críticas manifestadas pelo prefeito Julio Cezar (PSB), no programa Balanço Geral, do radialista Anselmo Robério. Na mesma rádio, Leôncio defendeu o papel de fiscalizador palmeirense na última sexta-feira (11).
É que o imbróglio envolvendo Executivo e Legislativo acerca de um empréstimo na ordem de R$ 1o milhões de reais, tem gerado desentendimento entre os poderes. No programa, Julio Cezar (PSB) afirmou que já tinha repassado os documentos necessários para os vereadores, o que foi rebatido pelo presidente da Câmara. “O projeto foi aprovado pela Casa inicialmente. À princípio, o banco teria como garantia o ICMS. Após três meses, o projeto volta com a solicitação que a Câmara realizasse a mudança da cobrança no ICMS, passando a ter como garantia o FPM. A Câmara pediu um estudo apontando os recursos e valores que serão gastos, e o impacto financeiro da folha, e isso ainda não recebemos até o momento”, afirmou.
Agenor ainda frisou que o prefeito Julio Cezar está pressionando a Câmara e tentando jogar a população contra os vereadores. “Não estamos bloqueando nenhum projeto. Fico indignado, porque Julio sempre teve um bom relacionamento com a câmara e está tendo a maior chance da vida dele de tocar esse município bem e em harmonia. Mas ao invés de trabalhar, fica fazendo picuinha com a câmara. Não queira induzir o povo à erro. E o prefeito hoje culpa que tem vereadores bloqueando alguma coisa. E o prefeito hoje culpa que tem vereadores bloqueando o empréstimo. Se ele está dando ouvido para alguma raposa velha para bloquear o andamento da Câmara, para bloquear o andamento do município, a culpa é dele, não é nossa”, disparou Leôncio.
Ele frisou que é grato ao desempenho dos demais vereadores na busca de recursos e de soluções para Palmeira dos Índios. Por outro lado, pontuou que é o presidente da Mesa Diretora, até o final do próximo ano, e que vai continuar a apoiar os vereadores.
O presidente disse ainda que o projeto não será votado antes da prefeitura enviar os documentos solicitados pela procuradoria da Câmara. “Não podemos aprovar um empréstimo de R$ 10 milhões, dando como garantia a única fonte de renda fixa do município. Vamos ver o impacto financeiro que esse empréstimo vai causar para em seguida votar. Não adianta querer nos jogar contra a sociedade. É um ato irresponsável! O prefeito precisa cumprir seu papel de executar, e nós, de fiscalizar. Esse papel que Julio Cezar está fazendo é politiqueiro e de perseguição. Não se faz obra sem ter um projeto na mão. Não se sabe o custo benefício que isso vai ter. Não adianta chegar aqui e falar que a população está sendo prejudicada. Mais prejudicada ficará se funcionários tiverem os salários comprometidos” , pontuou.