Antônio Sapucaia é sepultado sob aplausos e depoimentos emocionados
Comoção e saudade marcaram o velório e o enterro do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Alagoas e membro da Academia Alagoana de Letras (AAL) Antônio Sapucaia. Aos 81 anos, Sapucaia morreu na madrugada desta quinta-feira (3), vítima de um infarto fulminante. A despedida ocorreu hoje, no Memorial Parque das Flores, onde uma multidão de amigos, familiares e admiradores se reuniram.
Diversos membros do Judiciário de Alagoas se fizeram presentes e lamentaram a perda, porém destacaram o legado deixado por Antônio Sapucaia. Presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, evidenciou a coragem do colega e chamou a ausência do desembargador de perda irreparável.
“Foi um homem que desafiou o seu tempo, desde sua ascensão ao cargo de juiz. Para quem era da classe social dele, cidadão do interior, sem parentes importantes, pobre, negro, depois que se fez juiz, contra todas essas dificuldades, mostrou-se um magistrado extremamente decente, honesto e, sobretudo, um juiz corajoso, com decisões extremamente arrojadas. Deixa um vazio enorme e, em compensação, um exemplo espetacular”, frisou.
TRAJETÓRIA
Sapucaia era natural de Murici, mas morou a vida toda no Pilar. Iniciou a carreira na magistratura, na década de 70, atuando nas Comarcas de Água Branca, Colônia Leopoldina, Atalaia, Viçosa e Maceió.
Em 2003, tornou-se desembargador e, em 2007, assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), aposentando-se um ano depois. Além de seguir carreira jurídica, atuou como escritor e jornalista, inclusive, atuando na Organização Arnon de Mello (OAM), mais precisamente, no Jornal Gazeta de Alagoas. Também foi diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) no governo Teotônio Vilela.
Fonte: Gazeta Web