Marido apontado como mandante do sequestro da esposa se apresenta à polícia em Maceió
O homem que foi apontado pela polícia como mandante do sequestro da esposa, a funcionária da Equatorial Alagoas Adriana Rogério da Rocha, se apresentou na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) na tarde desta segunda-feira (30). A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AL). Jorge Tadeu Gomes Alves, de 43 anos, era o último envolvido no sequestro que estava foragido.
De acordo com a SSP-AL, depois de se apresentar, Jorge Tadeu ficou preso. Ele se apresentou com um advogado e não respondeu às perguntas da polícia.
Outro suspeito de envolvimento no crime, José Mirosmar Duarte dos Santos, foi preso na quinta-feira (26) em Marechal Deodoro.
Por meio da nota, a Deic informou que o inquérito policial segue para a fase final e que Jorge Tadeu pode ser condenado a mais de 25 anos de prisão.
Adriana foi sequestrada pouco depois do meio-dia da segunda-feira (23) e foi resgatada em uma operação policial na noite de terça (24), no município de Pilar, que terminou com a prisão de Walisson dos Santos Porfirio e Kennedy Gomes da Silva. Uma pessoa foi morta, Fabricio Queiroz da Silva.
Quando foram presos, os suspeitos disseram que Alves relatou que o crime era passional, por estar sendo traído pela esposa. Mas a investigação apontou que, na verdade, o marido tinha interesse no valor de um terreno que estava sendo negociado pela vítima, com quem era casado há 22 anos e tinha três filhos. Ele é apontado como mandante e também participou do sequestro.
No dia do sequestro, Adriana saiu do trabalho no horário do almoço para visitar um apartamento. O delegado Thiago Prado esclareceu que a visita foi agendada pelo marido, dizendo que um corretor estaria à espera dela no estacionamento de um estabelecimento comercial no Farol. Mas o corretor era um dos criminosos contratados por ele.
Quando ela chegou ao local combinado, o suposto corretor estava no carro, um Uno de cor prata, com os outros suspeitos, entre eles o marido de Adriana. De lá, eles seguiram para o cativeiro.
Depois do sequestro, Alves ainda chegou a ir até a Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), na terça, para registrar um Boletim de Ocorrência do desaparecimento da esposa.
G1