Polícia localiza mulher que abandonou bebê em saco de lixo no Trapiche, Maceió
A Polícia Civil localizou a mãe que abandonou o bebê prematuro em um saco de lixo no bairro do Trapiche, Maceió, no começo do mês de setembro. A mulher prestou depoimento nesta sexta-feira (23), foi liberada e aguarda decisão da Justiça. Ela contou que achou que o bebê estivesse morto. O bebê continua internado na UTI da Maternidade Santa Mônica. O estado de saúde ele ainda é grave.
“Eu senti muita dor. Quando foi de madrugada, a bolsa estourou. Eu fiz força e ele saiu, só que ele não reagia. Eu pensei que ele estivesse morto. Eu não vou me perdoar nunca pelo que eu fiz”, disse a mãe do bebê à equipe da TV Gazeta.
O pescador José Jailson encontrou o bebê em um saco de lixo e socorreu a criança com a ajuda de amigos.
De acordo com a polícia, a mulher tem 23 anos e além do bebê, tem mais dois filhos.
O chefe de operações da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, Alan Barbosa, explicou porque ela não ficou presa.
“Hoje ela não ficou presa, porque não existe ainda um mandado de prisão contra ela, porque nós não tínhamos uma qualificação. Hoje vai ser ouvida e sai e vai para casa. Vamos aguardar a decisão da Justiça”, disse Alan Barbosa.
Ele contou também como a polícia localizou a mãe da criança abandonada
“Checamos algumas denúncias. Algumas falsas e outras verdadeiras. E conseguimos localizar ela no bairro do Vergel”, disse o chefe de operações.
O bebê está sob a responsabilidade da Vara da Infância e da Juventude. A juíza Fátima Pirauá explicou que a mulher pode responder criminalmente por ter abandonado o recém-nascido.
“Uma tentativa de infanticídio, porque elas, simplesmente, colocou essa criança em uma sacola fechada. E essa criança não morreu por muita sorte. Com certeza ela deverá ser destituída do poder familiar. E essa criança, se não houver ninguém da família que possa cuidar, será adotada”, disse a juíza.
A juíza Fátima Pirauá também explicou que qualquer criança pode ser entregue voluntariamente para a Justiça para serem adotadas.
“E a gente reitera mais uma vez. Não precisa que essas crianças sofram desse jeito. As mães que não querem ou que não podem criar seus filhos, levem para a Vara da Infância e da Juventude, que essas crianças terão uma família preparada, capacitada e ansiosa para dar muito amor e muito cuidado a essa criança”, disse a juíza titular da 28ª Vara Cível da Capital.
G1