Promotor diz que afastamento é retaliação por investigar governo Renan Filho
O ex-procurador geral de Justiça de Alagoas Coaracy Fonseca afirmou que a decisão do Conselho Superior do Ministério Público de Alagoas de afastá-lo, por 60 dias, por conduta inadequada é uma retaliação política por causas das investigações que ele tem feito e que envolvem o governo Renan Filho. O promotor revelou que ficou sabendo da decisão por esta reportagem.
Segundo Fonseca, a decisão “é uma retaliação em razão das ações que vem ingressando e das investigações que tem feito e que envolvem setores do governo Renan Calheiros”. Ele completou dizendo que “não é obrigado a seguir a conduta política do procurador-geral”.
O ex-procurador-geral de Justiça comentou, ainda, o atual cenário do MP. “O Ministério Público de Alagoas está hoje mergulhado na lama da pior política que já se viu na história da instituição”, sentenciou.
Sobre o afastamento do cargo, a assessoria de imprensa do MP/AL informou que o corregedor-geral substituto atendeu ao Colégio de Procuradores, instaurando um inquérito administrativo contra o promotor de Justiça Coaracy Fonseca, devido a algumas condutas entendidas como inadequadas para um membro da instituição.
O corregedor-geral substituto solicitou o afastamento cautelar do promotor, por 60 dias, a fim de apurar os fatos. O procurador-geral em exercício, Márcio Roberto Tenório, recebendo, encaminhou ao Conselho Superior do Ministério Público que, por unanimidade, acatou o pedido. A assessoria informou ainda que todos os procedimentos da Corregedoria transcorrem sob sigilo. Coaracy Fonseca disse à reportagem que dispensa o sigilo das investigações.