Assembleia Legislativa de AL muda nome do estádio do Rei Pelé para Rainha Marta
Inaugurado em outubro de 1970, com o nome de Estádio Rei Pelé, o Trapichão – como é popularmente conhecido – teve seu nome alterado nesta quinta-feira (12) para Rainha Marta, num drible político que vai entrar parar a história do futebol mundial. Em sessão extraordinária proposta pelo deputado Antônio Albuquerque (PTB) – autor do projeto de mudança de nome – a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) aprovou a mudança em segunda votação.
Agora, os deputados devem analisar uma emenda que pode deixar o nome do estádio como “Rei Pelé e Rainha Marta”. O tema deve voltar a discussão na próxima semana, na Assembleia.
Segundo Albuquerque, a mudança para Rainha Marta foi motivada pelo fato de Pelé, considerado o atleta do século, ter desprezado os alagoanos e nunca “ter estado no estado”, enfatiza o parlamentar.
Desde que o tema passou a tramitar na Casa, no início deste ano, foram várias as tentativas para que Albuquerque desistisse da proposta. Hoje, numa articulação rápida, ele propôs verbalmente que ao fim da sessão ordinária fosse convocada uma sessão extra para a provação da matéria.
A votação, conduzida pelo presidente Marcelo Victor (PP), não teve unanimidade. Torceram e votaram contrários à proposta os deputados Davi Maia (DEM), Silvio Camelo (PV) Jó Pereira (MDB), Marcos Barbosa (Cidadania), Davi Davino (PP), Bruno Toledo (Pros), Cabo Bebeto (PSL) e Galba Novaes (MDB).
Emenda
Tramita na ALE uma emenda modificativa do texto que alteraria a proposta para que o nome fique “Estádio Rei Pelé e Rainha Marta”. A iniciativa, do deputado Sílvio Camelo, foi costurada nos bastidores, com o intuito de evitar a supressão do nome de Pelé.
Mas, por sugestão do próprio Albuquerque, a apreciação da emenda foi suspensa para novos entendimentos. De acordo com o regimento da Casa, isso só poderá ocorrer após três sessões ordinárias.
A liderança do governo tentará nova articulação de bastidores para evitar que a mudança ocorra. Depois da votação, o clima entre os contrários à proposta é de que precisam unir forças para evitar o que consideram um erro histórico.
*Com Gazeta Web