Modelo denuncia clínica por queimaduras de 2º grau durante procedimento estético em Maceió
Uma modelo de 23 anos denunciou nesta semana em seu perfil no Instagram que sofreu queimaduras de segundo grau durante um procedimento estético em uma clínica de Maceió. Ela deu detalhes do caso ao G1 nesta sexta-feira (6) e informou que registrou o caso na Polícia Civil.
Laura Cavalcante trabalha como modelo e surfista. Ela relata que foi convidada pela equipe de marketing de uma clínica de estética no bairro da Jatiúca para fazer o procedimento e depois divulgá-lo em suas redes sociais.
“Fui até lá no dia 5 de julho fazer uma avaliação para fotodepilação na parte posterior da coxa e clareamento de uma zona escurecida na região da virilha. No dia 11, retornei para fazer o procedimento. A profissional que estava na hora era diferente da que fez a avaliação. A única pergunta que ela fez foi se eu tinha me depilado e eu disse que sim, ela passou a mão e disse que ainda tinham uns pelos crescidos, mas não tinha problema”, relata Laura.
A modelo prefere não divulgar o nome da clínica porque o inquérito policial ainda está em andamento. A reportagem entrou em contato com a empresa onde o procedimento foi feito, mas o advogado que a representa afirmou que não ia se posicionar no momento.
Os problemas começaram com um incômodo já no início da sessão.
“Senti muita dor. Disseram que era normal. Assim que acabou, já tinha mancha escura. Comecei a tremer, aí chamaram outra profissional e nada resolvia. Eu fui quem decidi ir pra o hospital, quando já estava fora de mim de dor e tremedeira”, lembra a modelo.
Ela conta que, no hospital, foram constatadas as queimaduras de 2º grau. Durante a recuperação, até atividades simples, como sentar, eram difíceis. “Tive alergia emocional, além das queimaduras. Não conseguia ficar parada, porque não conseguia sentar”.
Laura procurou atendimento médico assim que saiu da clínica de estética — Foto: Laura Cavalcante/Arquivo pessoal
“Não posso tomar sol e estava com uma viagem programada para a Indonésia no próximo dia 15, para trabalhar. Só que lá faz sol o ano inteiro. Como o processo de regeneração da pele deve durar até 2 anos, perdi a chance de ir agora. Antes de iniciar o procedimento, não recebi nenhuma orientação sobre riscos, vou ter que parar minha vida por causa disso”, desabafa Laura.
Ela alega que não teve nenhum tipo de assistência por parte da clínica.
“Levei esse tempo todo para falar sobre o caso por que tentei resolver de forma amigável, mas não deu certo. Resolvi procurar a Justiça e tornei público nas minhas redes para alertar às pessoas sobre os perigos desse tipo de procedimento”, diz.
A modelo afirmou que agora está à espera do resultado do exame de corpo de delito para anexar ao inquérito policial.
G1