A denúncia foi baseada em suspeitas de superfaturamento na construção casas populares em dois programas habitacionais do município, em licitações que superam o valor de 1 bilhão de reais, durante os dois mandatos de Rosinha na cidade do norte fluminense, entre 2009 e 2016. Segundo o MP-RJ, o prejuízo aos cofres públicos é de 62 milhões de reais.
O casal é acusado de ter beneficiado a construtora Odebrecht em troca de 25 milhões de reais em propina. Segundo a denúncia, as licitações dos programas “Morar Feliz I” e “Morar Feliz II” eram direcionadas para que a empreiteira fosse vencedora. A defesa dos ex-governadores ainda não se manifestou.
As investigações começaram a partir de uma delação dos executivos da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior, firmada com o Ministério Público Federal, no âmbito da Lava Jato. As ordens de prisão e busca a apreensão foram emitidas pela 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes.
Também foram expedidos mandados contra Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha. Segundo o MP-RJ, os pagamentos ilegais eram feitos com o sistema de propinas da Odebrecht, em seu Setor de Operações Estruturadas.
Esta é a quarta vez que Anthony Garotinho é preso e, Rosinha, a segunda. Também juntos, os dois também foram detidos pela última vez em novembro de 2017 em uma investigação que apura crimes eleitorais em um desdobramento da Operação Chequinho, que apura fraude com fins eleitorais no programa Cheque Cidadão por Garotinho. As outras duas prisões do ex-governadores, em setembro de 2017 e novembro de 2016, também se deram em razão de suspeitas de irregularidades no programa.