Irmãos Cavalcante mais uma vez vão a júri pela morte do cabo Gonçalves
O ex-coronel Manoel Francisco Cavalcante e seu irmão Marcos Antônio Cavalcante, acusados do assassinato do cabo PM José Gonçalves da Silva Filho, em maio de 1996, estarão, novamente, nesta quinta-feira, dia 22, sentando no banco dos réus. O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) estará mais uma vez atuando para a sua condenação.
Segundo a assessoria de Comunicação do MPE, a instituição será representada pelo promotor de Justiça, Ary Lages, que reafirma ter provas contundentes da participação de ambos nas autorias intelectual e material. O júri começa a partir das 8h, no Fórum Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro.
Em 2011, os irmãos Cavalcante foram julgados mas apesar de todas as provas apresentadas nos autos, o conselho de sentença votou pela absolvição. O Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça entendeu de que deveria ocorrer outro júri, este, por sua vez definitivo.
“ A prova primordial para a sustentação é a confissão de ambos na autoria do crime. No julgamento anterior o MP conseguiu provar as autorias materialidade do crime e a autoria, no entanto, mesmo reconhecendo a participação dos dois os jurados decidiram absolver. A nossa sustentação será baseada na confissão deles, alicerçada pelo que foi juntado e consta no inquérito”, afirma o promotor Ary Lages.
O coronel Manoel Cavalcante chegou a ser temido em todo estado por comandar, à época, a conhecida ‘gangue fardada’ a quem foram atribuídos crimes diversificados entre eles roubos e homicídios. Ele passou 13 anos preso (1998-2011), em regime fechado, mas foi contemplado em 2011 com a concessão de pena e passou para o regime semiaberto. Em seguida foi preso novamente acusado da morte do caseiro Cristóvão Luís dos Santos, conhecido como ‘Tó’. Também em 2011 foi julgado pela morte do cabo Gonçalves e absolvido.
O crime
O cabo Gonçalves foi emboscado na Avenida Menino Marcelo, nas imediações do Auto Posto Veloz, e sido executado por Marcos Cavalcante (irmão do coronel Cavalcante), e comparsas. Cavalcante, autor intelectual ou mandante, segundo os autos, também esteve no local do crime dando cobertura aos executores.
Ousadamente, o crime ocorreu à luz do dia, em horário de pico na avenida que é considerada uma das mais movimentadas de Maceió.
*Com assessoria