Palmeira: Entre subidas e descidas, berço de um povo bom e trabalhador:

*Carlos Augusto Carretinha

Há mais de 40 anos, eu presenciava Palmeira dos Índios, já em seu virtual declínio, em termos de desenvolvimento, tristemente, não sendo mais um polo de crescimento e trabalho. Isso veio se avolumando – para baixo, infelizmente – ao longo dos anos.

Ora, vejamos, àquela época, a nossa vizinha, e hoje muito próspera Arapiraca, não tinha um comércio tão desenvolvido e atrativo como hoje, muito menos uma emissora de rádio; em se tratando de comunicação radiofônica, os arapiraquenses recorriam a Palmeira dos Índios, procurando, à época, a RÁDIO EDUCADORA SAMPAIO, de propriedade do visionário e, talvez radialista até de nascença, Gileno Sampaio.

Chegamos a ter seis deputados – entre estaduais e federais, além de senador, a nos representarem, ou fingirem. Isso nunca se repetiu, no decorrer das últimas décadas. Triste realidade, de cujas consequências somos vítimas até hoje. Comparar Palmeira, atualmente a Arapiraca é, no mínimo, desigual, porém necessário para que entendamos o quanto é injusto sermos tão grandes, fortes e trabalhadores, entretanto, mal conduzidos.

Na “mão” de uma crise de anos a fio, ainda existem municípios brasileiros que, mesmo à base de grandes sacrifícios, conseguem se manter mesmo na “contramão” do que se esperaria ser insucesso. São 130 anos de independência. Será, mesmo? Existe uma máxima popular que diz: “DE ONDE MUITO SE TIRA E NADA SE PÕE, COM O TEMPO SE ACABA”.

Bem assim, são os nossos dias, mesmo com a fartura naturalmente dada por Deus, seja em termos de bondade, ordem, decência, empreendedorismo, honestidade e trabalho; seja no que toca às nossas beleza e natureza plenas e abençoadas. Palmeira faz parte de um seleto grupo de municípios brasileiros repletos de grandes histórias, conceitos e respeito público.

A velocidade da cultura e do desenvolvimento, inerente a tudo isso, parece até que fez com que em nossa querida Terra dos Xucurus essas premissas básicas não têm sido acompanhadas e obedecidas.Relevando-se, inclusive, que muito sabemos que somos compostos de uma miscigenação autêntica, acolhedora, trabalhadeira, todavia, festeira.

É essa a nossa Palmeira dos Índios: riquíssima em talentos e pujança; qualidades e esperanças em novas conquistas e em um amanhecer sempre melhor. E quando falamos em futuro melhor, não devemos esquecer que continuaremos sempre sendo responsáveis por nossas escolhas e resultados.

Colheremos cada vez melhor o que plantamos. Cabe, a cada um, exercer, com cidadania e honestidade, a sua parte no curso da nossa história, a qual já está praticamente escrita, mas necessita de nossa participação. Assim deverá continuar caminhando Palmeira dos Índios em sua trajetória social, cultural e política. Basta que não descuidemos desses princípios tão fundamentais. PARABÉNS, PALMEIRA, PELOS 130 ANOS DE EMANCIPAÇÃO!

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