Consumo das famílias de Maceió cai 0,7% em julho, diz Fecomércio
O consumo das famílias de Maceió caiu 0,7% entre os meses de junho e julho deste ano, de acordo com levantamento do Instituto Fecomércio-AL divulgado nesta terça-feira (20). O estudo mostra que o resultado foi puxado para baixo principalmente pelo desemprego.
De acordo com a Fecomércio, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que Maceió perdeu 1.406 postos formais de trabalho entre janeiro e julho deste ano. Esse resultado se repete na região Metropolitana (-6.779) e em todo o estado (-23.224).
Por conta disso, as famílias vêm priorizando apenas os gastos essenciais. E esse mesmo comportamento se repete entre as pessoas empregadas.
O mesmo levantamento aponta que as pessoas que têm alta confiança na permanência em seu posto de trabalho atual (2,6% dos entrevistados), usaram o cartão de crédito 7% menos, consumiram 1,7% menos que em julho de 2018 e pretendem reduzir o consumo em 4,7% no restante do semestre. O consumo de bens duráveis também apresentou queda de 0,1% na comparação com junho.
Apesar do resultado mensal negativo, se a comparação for feita com o período entre junho e julho do ano passado, o consumo foi 3,23% maior.
“Ao compreendermos a situação da economia brasileira, estadual e municipal, percebemos com bastante clareza a queda do consumo das famílias por conta da incerteza econômica e prudência. A economia brasileira permanece patinando. A expectativa é que os desdobramentos do segundo semestre e a liberação do saque de quantia de até R$ 500 por conta ativa ou inativa do FGTS tragam fôlego ao consumo em todo o estado”, analisa Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.
Rocha diz ainda que esses dados refletem a conjuntura econômica do país. No primeiro trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi 0,2% menor que o do mesmo período do ano passado.
“Além disso, os dados econômicos reforçam nova queda de mesmo valor no segundo trimestre de 2019, gerando o que podemos chamar de recessão técnica, quando dois trimestres repetem queda da atividade econômica”, afirma Rocha.
G1