Empresa suspende avaliações de imóveis atingidos por rachaduras em Maceió após STJ desbloquear recursos da Braskem

Empresa nomeada pelo TJ para avaliar residências atingidas por rachaduras em Maceió suspende trabalhos após decisão do STJ — Foto: Jonathan Lins/G1

Empresa nomeada pelo TJ para avaliar residências atingidas por rachaduras em Maceió suspende trabalhos após decisão do STJ — Foto: Jonathan Lins/G1

A empresa nomeada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) para realizar a vistoria de residências no Pinheiro, Mutange e Bebedouro, bairros de Maceió atingidos por rachaduras, suspendeu os trabalhos nesta terça-feira (13). O motivo é a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que desbloqueou R$ 3,6 bilhões da Braskem que seriam utilizados para indenizações aos moradores. Ministério Público e Defensoria trabalham para reverter essa decisão.

Em comunicado enviado à imprensa, a Cotrim e Amaral Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais informa que os trabalhos foram suspensos por orientação do tribunal. A informação foi confirmada pela assessoria do TJ.

O engenheiro civil Claudio Amaral, um dos diretores da empresa, explica ao G1 que já haviam sido realizadas vistorias em 3.600 imóveis, e mil laudos concluídos e entregues à Justiça.

“Vamos agora aguardar novas decisões para poder continuar o trabalho. Nossa equipe está a postos para isso”, afirma Amaral.

A Defensoria Pública e o MP se posicionaram sobre essa suspensão em nota conjunta, assinada pelo defensor público-geral do Estado, Ricardo Antunes Melro, e pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça.

No texto, os órgãos lamentam a decisão do STJ e lembram que ojudiciário alagoano havia decidido pelo bloqueio após analisar a ação ajuizada por ambos, relatando os danos causados à população daqueles bairros, com base no relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que apontava a relação direta entre as rachaduras e o trabalho de mineração da Braskem.

G1

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