Mãe e filho são resgatados de casa que desabou em Curicica, no RJ

Uma casa de três andares, mais um terraço, desabou em Curicica, Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira (12). Mãe e filho foram retirados com vida após quatro horas de resgate e chegaram conscientes ao Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Por volta das 8h50, os bombeiros já tinham conseguido se comunicar com as vítimas sob os escombros:

De acordo com o comandante do Grupamento de Busca e Salvamento, tenente coronel Rodrigo Bastos, Rayane estava num quarto, na cama, sob uma laje.

“Ela estava bem, lúcida, conversando com a gente o tempo todo, mas muito nervosa. Estabilizamos, colocamos oxigênio pra ela, mas para nossa surpresa a criança não estava com ela. Ouvimos o choro, mas era um choro de medo. Fomos seguindo o som e achamos a criança num colchão. Ela estava protegida por um bolsão de ar sob uma laje”, contou Bastos. As duas vítimas conversavam com os agentes e davam informações para ajudar no trabalho de resgate.

Um balão de oxigênio foi levado pelas equipes para auxiliar nos trabalhos de resgate. Os agentes também retiraram móveis, lama e terra do local para conseguirem acessar as vítimas.

Um áudio que circula em um grupo de aplicativo de moradores de Curicica teria sido gravado por Raiane momentos depois de ficar entre os escombros.

“Gente, pelo amor de Deus, a minha casa caiu em cima de mim, e o meu filho está gritando. Alguém manda uma ambulância, por favor”, diz o áudio.

O desabamento

Por volta das 6h40, bombeiros do Quartel de Jacarepaguá foram acionados para o local do desabamento, na Rua Cordeiro do Rio, na Vila Sapê.

Segundo testemunhas, o pai de Raiane chegava do trabalho no momento em que o imóvel desabou. A mãe e o menino, que estavam no primeiro piso da casa, se preparavam para ir à escola.

Um dos vizinhos das vítimas, cuja casa foi atingida, Josué da Silva, contou que ouviu os gritos dos moradores no momento do desabamento.

“Quando eu acordei, a geladeira já estava quase caindo em cima de mim. Eu acordei meu irmão, a gente levantou e empurrou a geladeira. Aí eu escutei, do primeiro barraco, a mãe e o filho gritando ‘Meu filho, meu filho, me ajuda!’ e daqui a pouco alguém conseguiu tirar o filho dela. Depois, a gente soube da outra mãe e o filho presos no outro barraco”, explicou Josué.

 

 

G1

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