Aeroclube de Alagoas anuncia retomada das atividades após acidente fatal com Gabriel Diniz

O Aeroclube de Alagoas divulgou nesta sexta-feira (9) que retomou as instruções de voo. As operações da instituição tinham sido suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde o acidente aéreo que matou dois pilotos e o cantor Gabriel Diniz em Sergipe, no mês de maio.

“A gente foi notificado pela Anac para apresentar defesa sobre as operações do aeroclube e a investigação concluiu que não havia nenhuma irregularidade. Então, desde a revogação da suspensão, nós retomamos as atividades”, afirmou ao G1 o assessor jurídico do Aeroclube de Alagoas, Thiago Motta.

A reportagem também entrou em contato com a Anac, às 12h10, para saber detalhes do resultado da investigação, mas ainda não recebeu resposta.

O anúncio foi feito no perfil do Aeroclube no Instagram. “Demorou, mas voltamos à atividade. Depois de um longo e atual pesadelo, estamos de volta! Aeroclube de Alagoas. Instruções práticas e teóricas modo on”, diz trecho da publicação.

Além deste post, o Aeroclube também divulgou a reprodução de um despacho da Anac, datado de 1º de agosto de 2019.

“Considerando os autos do processo nº 00058.019974/2019-10, decido pela revogação da suspensão cautelar do Certificado de Atividade Aérea e da homologação dos cursos teóricos e práticos do Aeroclube de Alagoas, por não haver impedimentos para retorno das atividades da entidade em razão das supostas irregularidades apontadas não se referirem à operação sob as regras do RBHA 141”, diz trecho do documento com timbre da Anac.

No mesmo documento, consta ainda a indicação de que ele foi assinado eletronicamente na quinta (8) por Felipe Gonzalez Gonzaga, gerente de Certificação de Organizações de Instrução.

Acidente aéreo

O avião PT-KLO, de propriedade do Aeroclube de Alagoas, caiu em um mangue do município de Estância, na Região Sul de Sergipe, no dia 27 de maio de 2019. Além de Gabriel Diniz, morreram Linaldo Xavier e Abraão Farias, pilotos e diretores do Aeroclube.

À época, a Anac abriu investigação porque havia indícios de irregularidade nas operações do Aeroclube de Alagoas. Embora a aeronave estivesse em situação regular, ela só poderia fazer voos de treinamento ou de instrução, era proibida para o táxi aéreo.

O Aeroclube chegou a afirmar que o cantor estava de carona com os pilotos. Contudo, o pai do piloto Abraão Farias negou que Gabriel Diniz estivesse de carona. Segundo Erivaldo Farias, o voo foi fretado por R$ 4 mil.

O acidente também é investigado pela Polícia Federal em Sergipe e pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), da Aeronáutica.

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