Acusado de acidente fatal a 170 km/h na Amélia Rosa vai a júri nesta terça-feira
O réu Edmo Rui de Assumpção Santana, acusado de matar Daniel Araújo Monteiro em um acidente de carro na Avenida Amélia Rosa, em Maceió, vai a júri popular nesta terça-feira (6).
O acidente ocorreu em fevereiro de 2015, na avenida Amélia Rosa. De acordo com os autos, o réu dirigia embriagado e a 170 km/h.
A esposa de Edmo, que estava no veículo com ele, sofreu lesões e só veio a recobrar a consciência dois dias depois, no hospital. Daniel Araújo Monteiro morreu na hora.
Em depoimento, o acusado confessou ter ingerido bebidas alcoólicas no dia do acidente. Disse também que não se lembrava com qual velocidade dirigia. Ele foi pronunciado em outubro de 2018.
A sessão na 8ª Vara Criminal de Capital terá início às 13h, no Fórum do Barro Duro, e será conduzida pelo juiz John Silas da Silva.
ACUSAÇÃO
O acusado será julgado pelo crime de homicídio praticado com dolo eventual – crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir, que prevê pena de reclusão que pode variar entre 6 e 20 anos. A sustentação oral será feita pelos promotores de justiça Edelzito Santos Andrade e Humberto Pimentel Costa, ambos designados pelo procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, para atuar no caso sob responsabilidade da 48ª Promotoria de Justiça.
“Os autos comprovam que o réu bebeu na noite anterior e durante a madrugada, quando, supostamente, estava sob o efeito de substância entorpecente, e que, por fim, dirigia numa velocidade de 170 Km, como demonstrou a perícia oficial. Ou seja, o condutor assumiu o risco de matar ao volante”, argumentou Edelzito Santos Andrade.
O acidente
O advogado e servidor do Tribunal de Contas de Estado de Alagoas, Daniel Araújo Monteiro, foi morto por volta das 7h do dia 1 de fevereiro de 2015, quando passava por um cruzamento na Avenida Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca.
A vítima teve seu carro atingido pelo veículo dirigido pelo empresário Edmo Rui de Assumpção Santana, que, pelas provas que constam no processo, teria ultrapassado o sinal vermelho e colidido contra o automóvel que vinha sendo dirigido por Daniel. Em razão da gravidade do acidente, o advogado morreu na hora.
TJ/AL