Olho Vivo: Melina esquece do “rombo” que deixou em Piranhas/AL e anuncia irmão para prefeito
Ao que parece o sintoma da amnésia tomou conta da saúde da atual secretária de Cultura de Alagoas, Melina de Freitas. Pois o escândalo milionário que ganhou manchete por todo Brasil sobre um rombo de 16 milhões de reais, que a própria Melina, segundo o MPE/AL, teria feito quando prefeita de Piranhas, entre 2009 e 2012, apagou de sua memória. É que na sexta-feira última, Melina montou uma superestrutura de palco e palanque, com tenda e tudo mais, a fim de anunciar o nome do irmão, Thiago num movimento denominado de “Todos juntos por Piranhas”.
“É hoje que nós iniciamos uma caminhada; pois não tenho dúvida deputado Inácio Loiola; que será uma caminhada vitoriosa! Temos uma coisa que nos une: queremos uma Piranhas bem melhor. Porque eu aprendi com a minha família, que a palavra dada não pode voltar atrás!” discursou empolgada Melina de Freitas, ocasião em que comandava o evento amparada no apoio do tio, o deputado Inácio Loiola e com a presença também do futuro candidato Thiago, conforme acompanhamos num vídeo que circula nas redes sociais.
“Nós vamos marcar a Melina e o Thiago, o dia de hoje, como tão importante para a história de Piranhas” disse na abertura do evento, Inácio Loiola, que há três anos amargurou pela primeira vez uma derrota na disputa pela Prefeitura de Piranhas (onde administrou em três ocasiões) oportunidade em que a atual gestora, Maristela Sena Dias, sua antiga aliada, vencera nas urnas por uma diferença de 270 votos.
Entenda o que a Melina de Freitas praticou durante 4 anos à frente da Prefeitura de Piranhas, segundo levantamento do Grupo Estadual de Combate às organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual em nota publicada na imprensa no dia 8 de abril 2013.
No dia 8 de abril de 2013, o Gecoc denunciou a ex-prefeita , Mellina Torres Freitas, e outras 12 pessoas por desviarem quase R$ 16 milhões do Município entre 2009 e 2012. Nos crimes apontados, estão fraudes em licitação, peculato e formação de quadrilha. A denúncia foi oferecida à 17ª Vara Criminal da Capital. De acordo com o MP, o Gecoc não realizou operação para prender os acusados porque Melina Freitas, apontada como chefe da quadrilha, tem um salvo conduto em seu favor expedido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
Por conta das irregularidades descobertas pelo Ministério Público, os 13 denunciados são acusados do cometimento de diversos crimes autônomos, a exemplo peculato, peculato furto, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, uso de documento falso, fraude em licitação e formação de quadrilha.
Na denúncia, o Gecoc pede a condenação da ex-prefeita, por 385 vezes, pelo crime de peculato; 23 vezes, por falsificação de documento particular; 23 vezes pelo ilícito de falsidade ideológica; 28 vezes pelo crime de uso de documentos falsos; 23 vezes por fraude em licitação e ainda pelo ilícito de formação de quadrilha.
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