Após polêmicas, vice assume presidência interina do CSE
A polêmica envolvendo a renovação da diretoria do Clube Social Esportivo (CSE) teve um desfecho inesperado na noite desta quarta-feira (17) em Palmeira dos Índios. O Professor Erisvaldo continua interinamente no comando do time até a eleição que deverá ocorrer até novembro deste ano.
A decisão foi comunicada durante uma assembléia que escolheria a nova composição da diretoria do clube. Isso porque o Estatuto do CSE estabelece que a eleição só pode ocorrer após convocação em edital divulgando data, local e horário com antecedência.
Dois candidatos concorriam à presidência, Carlos Garuba e Grazianne Duarte. O nome do professor era cotado para assumir a presidência. Durante a assembléia, o maratonista Luciano Rei também lançou seu nome, e do ex-jogador do São Paulo e CSE, Jairo, para vice.
Porém, foi o nome da jornalista e empresária que ganhou destaque desde a manhã desta quarta-feira, após lançar seu nome pegando de surpresa os envolvidos com o clube e os torcedores do time.
“Não entrei para tumultuar a eleição. Não tive indicação política de ninguém. Decidi entrar na disputa por amor ao clube, tentar moralizar, abrir a ‘caixa preta’ e dar transparência aos trâmites do CSE também fora do campo. Quero ver, de fato, o clube progredir sem gerenciamento político de ninguém”, frisou a empresária.
A candidatura de Grazianne Duarte foi lançada, segundo a própria, de forma independente, sem interferência política.
No entanto, a divulgação do seu interesse em disputar a eleição despertou também críticas negativas e pode render, inclusive, um processo judicial contra um radialista local que chegou a desligar o microfone durante entrevista após a candidata expor sua opinião.
Manoel Pinheiro que tem um programa na Viva FM, de forma arbitrária e antiética, encerrou a entrevista chegando a dizer no ar que seu programa não era espaço para a empresária soltar seu “veneno”. Indignada, ela afirmou que já acionou advogado para que o radialista responda legalmente pelo destrato com a candidata, impedida de expor sua opinião.
Durante a assembléia, “disseram que era uma questão política ter duas chapas. É uma eleição. Nunca fui contra a Prefeitura [de Palmeira dos Índios] ser o patrocinador principal, mas as coisas devem estar às claras com relação às contas do nosso CSE, um patrimônio de Palmeira dos Índios”, defendeu Grazianne.
A empresária e jornalista finalizou que ainda pretende disputar a presidência do CSE na próxima eleição ordinária da agremiação para o biênio 2020/2021. O vereador Fábio Felix deverá continuar como candidato a vice-presidente na chapa.
Toda a polêmica envolvendo o CSE, que disputa a Segunda Divisão, do Campeonato Alagoano começou após o então presidente, Antonio Umbelino, renunciar ao cargo no dia 17 de junho passado.