Estudo mostra que apoio a Moro nas redes veio de robôs, boa parte do Irã
Mesmo respaldado pelo presidente Bolsonaro e família (veja a reportagem), o juiz Sergio Moro vem sofrendo seguidos desgastes com a divulgação de suas conversas enquanto comandava a 13ª Vara Criminal de Curitiba.
Na capa da última edição, VEJA, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelou diálogos inéditos entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa do Ministério Público em Curitiba. Num deles, o ex-juiz avisa que o procurador havia esquecido de incluir uma prova que reforçaria a acusação contra envolvidos na Lava-Jato.
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Essas e outras informações da reportagem entraram para os trending topics do Twitter e geraram, entre os dias 5 e 9, 3,2 milhões de menções nessa rede social.
Realizado pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), um estudo mostra ainda que cerca de 220 000 dessas postagens foram provavelmente feitas por robôs, a maioria delas em tom crítico a VEJA.
Outro dado curioso: uma quantidade considerável dessas mensagens supostamente automatizadas veio do Irã. Lá da terra dos aiatolás houve o disparo de hashtags como #glenncomproumandato, #somostodosmoro e #pavaomisteriosovoltou.
Como apoios no Oriente Médio ao ex-juiz são pouco plausíveis, a hipótese de que esses perfis sejam robôs é, segundo os especialistas, a mais aceitável.