Brasileiro vende cocadas pra fazer perucas para mulheres com câncer
Veja a que ponto pode chegar a bondade do ser humano. Um homem de Pernambuco vende cocadas para ajudar a comprar as máquinas de costura usadas na confecção de perucas para as mulheres em tratamento.
Há três anos, o comerciante Elenilson José da Silva perdeu a companheira dele, Marta Silva. Ela tinha câncer de mama.
A maneira que ele encontrou para seguir a vida foi ajudando mulheres que estão em tratamento no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Recife, onde Marta se tratou.
“Eu queria que todos aqueles que já passaram por ali falassem mais sobre o hospital, porque é muito carente e é onde você vê muita gente sofrer”, disse o comerciante ao G1.
A ajuda
Ao descobrir que o hospital precisava de pelo menos duas máquinas de costura profissionais para confeccionar perucas, Elenilson decidiu vender cocadas para ajudar a levantar a autoestima das pacientes.
“Quando eu era criança eu fazia cocada e tapioca. Hoje eu dedico a minha vida a fazer o bem”, conta.
Deu certo
No último dia 25, chegou ao HCP uma caminhonete enfeitada com balões, rosas, um bolo e as duas máquinas de costura industriais.
Elas foram compradas com o dinheiro da venda das cocadas de Elenilson.
Ele foi recebido com abraços e aplausos. O comerciante não conseguiu segurar a emoção.
Como
Com ajuda de amigos e familiares, Elenilson vendia os doces em um posto de gasolina no Ibura, na Zona Sul do Recife e conquistava duplamente os clientes.
Antes de saberem da história, os clientes elogiam o sabor do doce. Depois de conhecerem a causa, a cocada parece ficar ainda mais saborosa.
“Foi sensacional, por saber que a gente está ajudando. Show de bola, ganhei meu dia”, afirma o técnico em comunicação Marco Vinícius.
Filho de Elenilson e Marta, Leandro da Silva também ajuda a vender as cocadas e afirma sentir orgulho do gesto solidário do pai.
“Eu acho uma coisa excepcional da parte dele. Sério mesmo. Eu chego a até querer me emocionar, às vezes”, diz.
“Ele merece ser ajudado. Ele é fora de série, não tenho nem palavras para dizer. Ele é um guerreiro de Deus”, diz a irmã do comerciante, Vânia Maria da Silva, uma das voluntárias durante a venda das cocadas.
E Elenilson deixa um recado: “Vocês que têm um pouco, tirem um pouco de vocês para ajudar. Sempre que vocês fazem isso, Deus vai dar em dobro”, conclui.