Diretoras da Pata Voluntária deixam prisão em Maceió

As duas diretoras do abrigo Pata Voluntária, Maria Gisele do Nascimento Oliveira e Nayane Petrúcia Silva Barros, que foram presas junto com a presidente do abrigo na semana passada, suspeitas de estelionato, foram soltas nesta sexta-feira (11). A informação que as duas foram liberadas do Sistema Prisional foi confirmada pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Assim como no caso da presidente do abrigo, que foi solta nessa quinta (4), a Justiça decidiu conceder habeas corpus e libertar as duas mulheres.

A Justiça determinou o bloqueio de contas do Pata Voluntária nesta sexta.

Maria Gisele e Nayane Oliveira tiveram as prisões substituídas por medidas cautelares. O mesmo ocorreu com a presidente do Pata Voluntária. As três respondem por por associação criminosa, comunicação falsa de crime, estelionato e guarda doméstica de espécie silvestre sem a devida licença ou autorização.

Confira as medidas cautelares que devem ser cumpridas:

  • Comparecimento mensal ao Juízo de primeiro grau;
  • Proibição de se ausentar da Comarca sem prévia autorização judicial;
  • Comunicação prévia ao Juízo acerca de eventual mudança de endereço;
  • Comparecimento a todos os atos do processo.

As três suspeitas foram presas preventivamente na sexta (5) e, em audiência de custódia no sábado (6), as prisões preventivas foram decretadas e elas foram transferidas para o Sistema Prisional.

A diretora Nayane Petrúcia confessou para a polícia que o assalto foi forjado e disse que a fraude foi criada para construir um hospital veterinário.

De acordo com a polícia, as três mulheres divulgaram no perfil da Pata Voluntária em rede social que teriam sido vítimas de assalto na sede do abrigo que fica no bairro do Jaraguá e que os assaltantes teriam levado mantimentos dos animais acolhidos pelo Pata Voluntária. Elas pediram aos seguidores que fizessem depósitos em contas bancárias para que as despesas com os animais fossem custeadas.

A Polícia Civil foi investigar o caso e suspeitou que o assalto não teria ocorrido e teria sido arquitetado pelas três mulheres como forma de obter recursos. As três foram presas e a polícia encontrou na residência da presidente do Pata Voluntária, uma jiboia, uma corn snake, conhecida como cobra do milho e um cassaco.

A Comissão do Bem Estar Animal da OAB-AL constatou que a sede do Pata Voluntária no bairro do Trapiche, em Maceió, está cheia de animais e que eles estão sendo cuidados por funcionários e voluntários.

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