Após habeas corpus, presidente da Pata Voluntária deixa a prisão em Maceió

A presidente da Pata Voluntária, Amropali Pedrosa Mondal, foi solta na tarde desta quinta-feira (11) após a Justiça de Alagoas aceitar o pedido de habeas corpus feito pela defesa. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). A liberação da presidente do abrigo do Sistema Prisional foi confirmada pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e pelo advogado de defesa, Paulo Faria de Almeida Neto. Amropali Mondal foi presa em flagrante na última sexta-feira (5) junto com mais duas dirigentes do abrigo, Maria Gisele e Nayane Petrúcia por suspeita de fraude. A TV Gazeta não conseguiu contato com as defesas das outras duas dirigentes do Pata Voluntária.

As três respondem por associação criminosa, comunicação falsa de crime, estelionato e guarda doméstica de espécie silvestre sem a devida licença ou autorização.

Na decisão, o desembargador João Luiz Azevedo Lessa determina que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares que deverão ser cumpridas como comparecimento mensal ao Juízo de primeiro grau, proibição de se ausentar da Comarca sem prévia autorização judicial, comunicação prévia ao Juízo acerca de eventual mudança de endereço e comparecimento a todo os atos do processo.

As três suspeitas foram presas preventivamente na sexta (5) e, em audiência de custódia no sábado (6), as prisões preventivas foram decretadas. De acordo com a polícia, elas divulgaram no perfil da Pata Voluntária em rede social que teriam sido vítimas de assalto na sede do abrigo que fica no bairro do Jaraguá e que os assaltantes teriam levados mantimentos dos animais acolhidos pelo Pata Voluntária. Elas pediram aos seguidores que fizessem depósitos em contas bancárias para que as despesas com os animais fossem custeadas.

A Polícia Civil foi investigar o caso e suspeitou que o assalto não teria ocorrido e teria sido arquitetado pelas três mulheres como forma de obter recursos. As três foram presas e a polícia encontrou na residência da presidente do Pata Voluntária, uma jiboia, uma corn snake, conhecida como cobra do milho e um cassaco.

As três suspeitas foram transferidas para o Sistema Prisional no sábado (6). Uma das presas, Nayane Petrúcia, confessou que o assalto foi forjado e disse para a polícia que a fraude foi criada para construir um hospital veterinário.

A Comissão do Bem Estar Animal da OAB-AL constatou que a sede do Pata Voluntária no bairro do Trapiche, em Maceió, está cheia de animais e que eles estão sendo cuidados por funcionários e voluntários.

G1

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