Justiça de AL está há dois anos sem apontar quem matou empresário em Delmiro
Um crime cometido em plena luz do dia, cuja vítima foi executada com mais de 20 tiros, completa dois anos no dia 11 do mês que vem, sem que a Justiça alagoana, tenha prestado conta sobre a apuração do badalado episódio para a sociedade. Trata-se do caso do empresário Rodrigo Alapenha, vítima, que poderia figurar como apenas mais uma daquelas cenas do crime de pistolagem, se não fosse casado com uma das filhas do ex-prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, um grande líder político no Sertão, sobretudo de influência sem igual em Alagoas.
O próprio Lula Cabeleira, conforme fomos informados, já esteve em Maceió pelo menos 20 vezes, buscando respostas para o crime, mas, sem alcançar êxito algum. Uma delas foi com o Procurador Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, sempre acompanhado dois pais de Rodrigo, que moram em Garanhuns/PE.
A família e os amigos do empresário executado não possuem qualquer dúvida. O crime teve motivação passional e em todas as esquinas de Delmiro Gouveia, comenta-se que o envolvimento de Rodrigo com uma mulher casada, muito conhecida na cidade, selou sua sentença de morte.
“O Rodrigo se envolveu a bem da verdade com duas mulheres, que são parentes. Muitos sabiam dessa relação. Ele não tinha qualquer problema. Era um rapaz tranquilo, avesso à violência e muito trabalhador. Pagou caro e os mandantes estão soltos e cometendo outros crimes em toda região. A Polícia sabe quem são; entretanto não chega a eles, devido a fatores, no mínimo estranhos”, disse um amigo de Rodrigo Alapenha.
O crime
No dia 11 de agosto de 2017, Rodrigo havia saído de uma de suas empresas e voltava para casa, no conjunto Rosa de Sharon, lá em Delmiro, quando teve seu carro alvejado por vários disparos de arma de fogo, por volta das 14h, na Avenida Antônio José da Costa; a cerca de 300 metros da residência onde morava.
O crime teria sido cometido por um grupo formado por, no mínimo, quatro pessoas, que estariam em um carro de passeio e em motocicletas que foram usadas para dar cobertura ao homicídio.
Origens
Rodrigo Alapenha era Filho de uma família tradicional de Garanhuns/AL. Era dono de uma empresa de veículos de carga e possuía, também, uma loja de pneus em Delmiro Gouveia. A esposa dele, Mila Costa, é responsável por administrar postos de combustíveis e outras empresas do pai, Lula Cabeleira, na região.