Segurança que estrangulou jovem com problemas mentais em supermercado vira réu

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta terça-feira (2), a denúncia do Ministério Público fluminense (MPRJ) por homicídio doloso – quando há intenção de matar – contra o segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, acusado de estrangular um jovem dentro de um supermercado da Barra da Tijuca, em fevereiro deste ano.

Outro vigia do estabelecimento, Edmilson Felix Pereira, também foi denunciado pelo mesmo crime porque, segundo a denúncia, como agente de segurança, deveria ter tentado impedir a morte, mas ficou apenas olhando. Nesta terça, Edmilson também passou à condição de réu no processo.

Na decisão, o juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal, fixa medidas alternativas à prisão dos dois seguranças, estabelecendo, por exemplo, que os denunciados não se aproximem ou tenham contato com familiares da vítima ou testemunhas do caso.

O juiz determinou, ainda, que ambos os seguranças devem se apresentar à Justiça entre os dias 1º e 10 de cada mês, “para fins de controle durante a fase instrutória”. Os dois vigilantes também estão proibidos de deixar o Rio de Janeiro por mais de 10 dias sem prévia autorização do juízo.

“A denúncia expôs, com clareza, os fatos criminosos e todas as suas circunstâncias. Consta ainda a qualificação dos denunciados e a precisa tipificação dos crimes imputados”, escreveu o magistrado.

Rapaz morreu em hospital

Depois do estrangulamento, a vítima, Pedro Henrique de Oliveira Gonzada, acabou morrendo no Hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. A ação dos seguranças foi registrada num vídeo, compartilhado nas redes sociais. As imagens mostram Davi Amâncio em cima do jovem, que aparentemente já estava desacordado.

Pessoas no entorno tentam, em vão, convencer o segurança a soltar o jovem.

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